Links de Acesso

”Uma enorme dor de cabeça” - 2004-05-04


A directora da Divisão da ONU de Assistência Eleitoral, Carina Perelli descreveu a tarefa de efectuar sufrágios eleitorais simultâneos provinciais, regionais e nacionais no Iraque como sendo ”uma enorme dor de cabeça”.

Num país com pouca história de democracia, a instabilidade em cinco círculos eleitorais torna quase impossível dar inicio aos preparativos.

Apesar destes problemas, Perelli sustenta que o processo de organizar a votação ainda se encontra a um mês e meio de distancia. As designações para os comissários estão a ser recebidas nos escritórios pelas autoridades da coligação, e Perelli espera que esteja nomeada ainda este mês um painel de sete iraquianos ilustres.

As Nações Unidas vão designar uma personalidade internacional, sem direito de voto, para liderar a comissão, e essa individualidade deverá estar identificada até 31 do corrente.

Perelli indicou que a recente missão de avaliação a Bagdade encontrou apoio generalizado às eleições pela quase totalidade dos sectores da sociedade iraquiana.

“Encontrei um enorme desejo de irem votar, muito mais do que os outros procedimentos de transição, como forma de parar com que uns poucos assumam decisões sem serem consultados”.

Perelli acrescenta que o pessoal da ONU irá enfrentar um enorme trabalho na educação cívica para ajudar os iraquianos a compreender o que estará em jogo. O que está em consideração é se o sufrágio será resolvido pelos boletins de voto ou através das balas, acrescenta Perelli, referindo ainda a necessidade de mobilizar a população na defesa das eleições.

Perelli avalia entre os 250 e os 260 milhões de dólares o custo de realizar os sufrágios, verba que será paga essencialmente através de fundos fornecidos pela coligação.

Os custos podem ser mais elevados se os iraquianos que residem fora do pais forem autorizados a votar.

XS
SM
MD
LG