O presidente sul africano, Thabo Mbeki nomeou hoje, quarta feira, um novo gabinete, um dia depois de ter prestado juramento para um segundo mandato no cargo.
Registam-se poucas surpresas no novo elenco, com cerca de metade do anterior gabinete a permanecer em funções, oito outros ministros a passarem para outras pastas, e seis novas individualidades a entrarem para o executivo.
O presidente Mbeki denominou as escolhas feitas como tendo sido excelentes, e sublinhando ter confiança na sua capacidade para desempenhar um bom papel.
Classificando a equipa como sendo forte, Thabo Mbeki frisou ser um desafio a aplicação das políticas que resultaram nos últimos dez anos e por isso ser importante que seja seguida a mesma forma de actuação.
Duas das escolhas mais faladas envolvem o lugar do adjunto do presidente e o responsável pelo sector da saúde, que mantiveram os cargos apesar da forte controvérsia que os tem rodeado.
Jacob Zuma que tem sido relacionado com um grande escândalo de corrupção, continua a ser muito popular no seio do Congresso Nacional Africano, e os analistas sustentam que teria sido muito difícil a Mbeki coloca-lo noutra função.
Por outro a responsável pelo sector da Saúde, tida como sendo um dos políticos sul africano menos popular, provocou enorme controvérsia por ter arrastado os pés na aplicação do programa de tratamento da SIDA.
Numa decisão especial, o líder do Partido Inkatha, Buthelezi deixou o cargo dos Assuntos Internos, embora esta saída tivesse sido esperada. O líder do Novo Partido Nacional passou a ocupar a pasta do Ambiente e do Turismo, apesar dos fracos resultados do seu partido.
Mbeki aumentou o numero de mulheres no gabinete para 12 num total de 28 ministros, e designou varias outras para cargos de adjuntos ministeriais, o que parece ser uma iniciativa intencional.