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Avaliar a situação humanitária - 2004-04-13


Um porta voz do Fundo das Nações Unidas Para a População, em Kartoum, Nimal Hettiaratchy, disse que uma equipa de 10 membros, chefiada pelo Sub-Secreta rio-Geral das Nações para Assuntos Humanitários, Jan Egeland, desloca-se a Darfur, a convite do governo sudanês, nos próximos dias 18 a 21 de Abril com o objectivo de avaliar a situação humanitária e a assistência necessária.

O Presidente Omar al-Bashir fez o convite às Nações Unidas na sequência da visita de entidades governamentais, representantes das Nações Unidas e outras organizações não-governamentais em Kartoum, no domingo.

Um porta voz governamental declarou mais tarde aos jornalistas que Kartoun teria concordado em cooperar com as Nações Unidas na criação de uma comissão para assistência de emergência em Darfur.

Sob intensa pressão internacional para permitir o acesso humanitário à região de Darfur e para negociar o fim da guerra civil que há um ano vai devastando a região,o governo sudanês tem mostrado maior disposição aos esforços de paz na zona.

Na terça-feira passada, responsáveis governamentais e rebeldes daquela região ocidental sudanesa, realizaram o seu primeiro encontro directo no vizinho Cahde, onde os dois lados concordaram numa trégua de 45 dias, que entrou em vigor no domingo.

Espera-se que a missão das Nações Unidas investigue também alegações de atrocidades cometidas pelas milícias árabes contra residentes africanos em Darfur.

Responsáveis das Nações Unidas e grupos dos direitos humanos tem acusado as chamadas milícias janjavides de raptos, pilhagens, assassínios e incêndios de comunidades inteiras de civis africanos.

Os dois grupos rebeldes principais e refugiados de Darfur afirmam que o governo tem apoiado os janjavides, fornecendo-lhes armas e reforços militares. Um responsável das Nações Unidas comparou a situação a um genocídio, estilo rwandês, em curso em Darfur, acusação que o governo sudanês rejeita.

Milhares de pessoas morreram e mais de 800 mil outras estão desalojadas desde o inicio da guerra civil na região, enquanto cerca de 110 mil outras se refugiaram ao vizinho Chade, onde trabalhadores de ajuda internacional afirmam que os refugiados enfrentam crescente ameaça de fome e doenças.

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