O presidente da comissão prevê que o depoimento de Condolezza Rice será muito interessante.
O republicano Tom Kean disse na televisão que o painel espera ter muita informação da conselheira de segurança nacional do presidente.
“Queremos saber o que aconteceu e as diferenças entre as políticas das administrações Bush e Clinton. Queremos saber o que ela ouviu e sabia. E claro, queremos saber problemas que possam ter existido entre ela, Clarke, e outras pessoas que temos ouvido”.
Richard Clarke, o antigo coordenador dos programas anti-terrorismo na Casa Branca, disse recentemente à comissão que a Casa Branca não prestou atenção suficiente à ameaça terrorista, antes dos ataques de 11 de Setembro.
As suas acusações acabariam por levar o presidente Bush a mudar de posição e permitir testemunhos públicos de um dos seus conselheiros confidenciais. Após dias de comunicados da Casa Branca, destinados a questionar as acusações de Clarke, Bush mudou de posição e anunciou que Condolezza Rice iria aparecer perante a comissão, para depor sob juramento, e para uma sessão pública.
O presidente da comissão, o republicano Tom Kean, disse que o painel tinha ficado surpreendido com algumas das coisas que tinham ouvido durante o processo de deposição de antigos e actuais responsáveis. Ele disse que o povo americano irá, talvez, ficar surpreendido quando for divulgado o relatório final dos comissários.
A data limite para a comissão completar o relatório é 26 de Julho. Mas antes do relatório ser divulgado, será revisto pela Casa Branca para garantir que não será tornada pública informação sensível.
Kean espera que a administração seja expedita no processo. O democrata mais destacado nesta comissão, Lee Hamilton, concorda, pois lembrou a revisão é uma exigência legal.
“Não vamos deixar que eles distorçam o relatório. Sabemos que isto tem que ser revisto pela Casa Branca”.
Hamilton sublinhou que a Casa Branca não se irá pronunciar sobre o relatório. Acrescentou que irá prestar atenção a frases que possam comprometer a recolha de informações secretas ou criar outros problemas de segurança nacional.