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Cancro do Seio


Investigadores de Harvard notam a existência de um número consideravelmente mais elevado de mulheres com cancro do seio nos países em desenvolvimento. O que os levou a iniciar um movimento internacional para alargar a investigação a este tipo de cancro e também para que sejam recolhidos dados relevantes de forma a fazer face a este aumento.

Nos Estados Unidos, as pessoas dão dinheiro para a investigação do cancro da mama. Celebridades dão o seu apoio às campanhas, às corridas que são feitas em nome de pessoas que estão afectadas por este tipo de cancro, ou que já foram suas vítimas.

As mulheres com cancro falam abertamente do seu estado, incluindo duas antigas primeiras-damas que falaram publicamente dos seus cancros – Betty Ford em 1972 e Nancy Reagan, uma década mais tarde.

Felicia Knaul dirige um programa na Universidade de Harvard cujo objectivo é o de ajudar pessoas que sofrem de cancro, incluindo de cancro da mama, em países em desenvolvimento.

"Até recentemente costumava-se pensar que esta era uma doença só de mulheres ricas e só de países ricos. Nos países em desenvolvimento se uma mulher tem cancro corre maior risco de morrer do que uma mulher com o mesmo tipo de cancro num país desenvolvido."

O Dr. Hermer Huerta, do Centro Hospitalar de Washington atende muitos doentes hispânicos. E segundo ele parte do problema com o cancro da mama é a própria doença.

"O cancro da mama é uma condição silenciosa. Não dói quando está em fase de crescimento."

O Dr. Huerta diz que muitas comunidades latinas e da América do Sul não possuem máquinas para fazer mamografias e há um desconhecimento geral sobre a doença.

"Se não falamos sobre a condição, devido ao silêncio, (acrescentando) a falta de acesso a meios para detectar o cancro na sua fase inicial, então quando as mulheres descobrem que tem algo geralmente o tumor já cresceu, espalhou-se. E quando vão procurar ajuda médica já é tarde."

Segundo a Dra. Shawna o mesmo se passa na Nigéria onde a maior barreira é a falta de dinheiro, numa população demasiado pobre.

Felicia Knaul da Universidade de Harvard sugere que sejam treinados examinadores locais, que nem precisam de ser especialistas, mas simplesmente alguém que tenha recebido treino apropriado.

As barreiras ao tratamento diferem de país para país. Em alguns, a doença foi estigmatizada. Há mesmo médicos que nem discutem o assunto com uma mulher que tenha cancro da mama.

A Universidade de Harvard está a trabalhar com responsáveis e peritos médicos em diferentes partes do mundo para identificar as barreiras e ajudar os países a eliminarem essas barreiras para que as mulheres possam ser testadas e diagnosticadas nas primeiras fases quando a doença é ainda tratável.

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