Links de Acesso

Golpes em África


O golpe militar que na quinta-feira derrubou o governo do Níger põe em relevo a instabilidade política vivida por muitos países africanos nos últimos anos.

Em 2008, registaram-se golpes na Mauritânia e na Guiné-Conacri que levaram ao derrube dos respectivos governos.

Na Mauritânia, os lideres militares depuseram o presidente Sidi Ould Cheikh Abdallahi, o primeiro presidente eleito democraticamente naquele países, depois dele ter demitido vários oficiais do exército.

Meses mais tarde na Guiné, o capitão Moussa Dadis Camara tomou o poder num golpe que se seguiu à morte do presidente de longa data, Lansana Conte.

Camara prometeu que não iria candidatar-se, que tencionava fazer regressar a governação civil. Todavia acabaria por renunciar na promessa e candidatar-se à presidência. Contudo, em Dezembro de 2009, uma tentativa de assassinato por parte de um seu adjunto deixou-o criticamente ferido, depois de ter sido atingido a tiro na cabeça.

No mês passado a junta e os grupos da oposição concordaram na formação de um governo de transição que irá chefiar a Guiné até à realização das eleições.

Antes da tomada de poder da passada quinta-feira, o Níger já tinha vivido três golpes. O primeiro em 1974, dois outros nos anos 90.

Um dos oficiais envolvidos no golpe desta semana também já ajudara a junta no golpe de 1999, que abriu caminho à eleição do agora deposto presidente Mamadou Tandja.

O golpe no Níger segue-se a três meses de instabilidade política criada pela decisão do presidente Tandja de prolongar o seu mandato, um padrão histórico seguido por líderes que se agarram ao poder.

XS
SM
MD
LG