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Crise Política no Quénia


O antigo chefe das Nações Unidas, Kofi Annan, exortou os líderes do governo de partilha no Quénia para se reunirem e resolver a disputa que ameaça a estabilidade do abalado governo do país, onde o partido do Primeiro Ministro Raila Odinga declarou uma crise política, anunciando boicote das reuniões de gabinete.

Um colaborador do Primeiro-ministro Raila Odinga disse ter entrado em contacto, via telefónica, com o Presidente Mwai Kibaki, acerca da disputa e que os dois concordaram em se reunir ainda este domingo. Entretanto, Odinga deslocara-se em visita oficial ao Japão, quando a controvérsia teve inicio.

O partido do Primeiro Ministro apelou a mediação do antigo chefe das Nações Unidas, Kofi Annan, líder do painel da UA, responsável pelo acordo de partilha, assinado em 2008,que prevê a participação das forças partidárias de Odinga no governo, pondo fim a semanas de violência política no Quénia.

O painel liderado por Anan, de individu alidades proeminentes na cena política africana, emitiu um comunicado advertindo que o progresso em importantes áreas de reforma poderá ser prejudicado se os dois lados não resolverem dentro em breve as suas diferenças.

O Primeiro-ministro Odinga expressou confiança de que a disputa será resolvida. O recente conflito irrompeu quando uma auditoria independente revelou a semana passada profundas práticas de corrupção nos mecanismos estabelecidos para resolver a crise alimentar resultante dos confrontos de 2008,quando se perderam também milhões de fundos destinados ao sector de educação.

Até agora 8 ministros do governo foram suspensos. Peter Karanja, chefe do Conselho Nacional das Igrejas, disse que a crise não passa de uma disputa interna por motivos de poder e ambição:

"Estão apanhados na competição política por interesses de sempre…não se deve permitir que façam perder o tempo aos mediadores internacionais na solução de questões internas que eles próprios podem resolver."

Activistas marcharam na, quarta-feira, nas ruas de Nairobi apelando ao governo para que tome medidas contra a corrupção que existe no seu seio.

Críticos afirmam que o governo de unidade está a desempenhar melhor papel em recompensar os seus próprios aliados internos do que em cumprir as recomendações de Kofi-Annan.

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