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Moçambique Desce na Escala da Freedom House


De acordo com a avaliação da organização de defesa dos Direitos Humanos, Freedom House, que acaba de ser divulgada, Moçambique foi despromovido da lista das democracias eleitorais. De acordo com aquela avaliação, devido aos desenvolvimentos políticos, este país caiu da classificação de quatro para três, "devido a significativas irregularidades e à falta de transparência no processo de registo de candidatos e na contagem dos votos nas eleições presidenciais, legislativas e provinciais".

A Freedom House cita o facto da própria Comissão Nacional de Eleições de Moçambique ter admitido que 1400 páginas de uma lista de contagem de votos favorecendo a Renamo foram roubadas, o que correspondeu a cerca de cinco por cento dos votos".

O relatório da Freedom House observa que "a relação entre a Frelimo, o partido no poder, e a Renamo, na oposição, tornara-se crescentemente azedas desde 2004, quando o presidente Armando Guebuza foi eleito". Lê-se ainda naquele documento: "Guebuza, um frelimista resoluto, tem tentado fazer reviver a tradicional hegemonia do seu partido". A Freedom House considera que as oportunidades da Renamo ficaram reduzidas pelo facto do seu líder, Afonso Dhlakama, "ter suprimido políticos jovens e talentosos que poderiam ameaçar a sua autoridade".

A Freedom House observa que é generalizada a corrupção no governo moçambicano, citando uma investigação feita pelo Ministério do Trabalho revelando que funcionários do sector da Segurança Social roubaram entre oito a 10 milhões de dólares. É, igualmente citado, o caso do antigo ministro do Interior, Almerindo Manhenje que está a ser investigado. O relatório recorda que os doadores internacionais começaram a criticar a eficácia da política de anti-corrupção do seu governo.
A Freedom House classifica Moçambique em centésimo vigésimo sexto lugar numa lista dos 180 países mais corruptos do mundo.

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