Os parceiros do governo de unidade do Zimbabué acordaram nos elementos a integrar três comissões. A designação dos membros das comissões constitui parte do acordo que conduziu no inicio deste ano ao governo de unidade.
O acordo foi obtido, na segunda-feira, após o encontro dos dirigentes das três partes que integram o governo de unidade.
A Voz da América falou com James Maridadi, o porta-voz do primeiro-ministro.
"Concordaram no anúncio das três
comissões – a comissão dos media, a comissão eleitoral e a comissão dos
direitos humanos. Concordaram com os nomes que as vão integrar".
Maridari referiu que os dirigentes devem ainda finalizar os nomes das individualidades que vão integrar a comissão de anti corrupção.
A questão das comissões é apenas um dos vários pontos ainda em aberto do Acordo Politico Global que levou à constituição do governo de unidade.
Há poucas semanas o primeiro-ministro Morgan Tsvangirai boicotou as reuniões do gabinete citando a ausência de vontade por parte da ZANU PF de fazer aplicar a totalidade do acordo.
Tsvangirai só retomou as funções governamentais após a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral ter obrigado as partes a aplicarem a totalidade do acordo.
A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral e a União Africana constituem os garantes do acordo. Desde então as partes têm estado envolvidas em conversações.
Um dos pontos mais controversos constitui a designação por Robert Mugabe do governador do Banco Central Gideon Gono e do Procurador-geral Johannes Tomana, o que o Movimento para a Mudança Democrática considera violar o acordo.
Mugabe sustenta que as nomeações não são negociáveis.
Maridadi refere que não compete a uma parte decidir dos assuntos que são discutidos.
"A questão do governador do
banco central e o procurador-geral são assuntos que devem ser postos às
entidades principiais e essas entidades devem obter uma posição única".
Maridadi sublinha que os três dirigentes vão reunir amanhã para trabalharem na finalização dos assuntos em aberto.