Links de Acesso

São Tomé e a Lista Negra da Aviação


A União Europeia ameaçou colocar a Aviação Civil Santomense na lista negra de companhias de aviação internacional, depois de ter tomado conhecimento de que um avião congolês, proibido de voar para Europa desde 2006, estava a voar para Bruxelas e Paris e desta vez com a matrícula santomense.

A Voz da América contactou a Aviação civil santomense, que confirmou o ultimato de Bruxelas e disse estar a trabalhar em parceria com o organismo europeu para pôr cobro à situação.

Tudo terá começado em meados de Setembro quando a autoridade de aviação civil europeia se deu conta que o Boeing 767-200ER da companhia Hewa Bora Airways retomara os voos para Europa, ligando as cidades de Kinshasa, Paris e Bruxelas.

De facto em 2006 a União Europeia tinha proibido todas as companhias congolesas de voarem para a Europa, colocando deste modo a Hewa Bora na famosa lista negra da aviação internacional.

A mesma companhia acabaria três anos mais tarde, isto é no inicio de 2009, por obter o direito de voar para a Europa, mas o seu aparelho Boeing 767-200ER continuava proibido de voar o espaço europeu. Foi daí que a Hewa Bora obtém um acordo de venda do referido avião à companhia santomense Executive Jet Services, que vai alugar o mesmo aparelho e desta vez com a matrícula santomense à empresa congolesa da qual o tinha adquirido. E desde 9 de Setembro, o avião que tinha sido proibido de voar para Europa, retomou os seus voos quinzenais.

Importa referir que até então nenhuma companhia santomense fazia parte da lista negra de aviação internacional da União Europeia.

O Boeing 767-200ER desta vez matriculado S9-TOP surpreendido semanas depois na Europa, e a companhia Hewa Bora foram novamente obrigadas a 24 de Outubro a suspender as suas operações em Paris e Bruxelas.

Os responsáveis da companhia acusam então a União Europeia de ter feito pressão sobre o governo santomense para proibir o voo do referido aparelho.

Hoje em contacto com a Voz da América, o presidente do Instituto da Aviação Civil de São Tomé, confirma ter havido essa pressão de Europa, e diz que a sua instituição está a trabalhar com os responsáveis europeus para ultrapassar situação.

Marcos da Conceição recusou dar entrevista afirmando apenas que as duas partes estavam em contacto e que uma solução seria encontrada a breve trecho.

O caso do avião com a matrícula santomense proibido de voar para Europa ganhou destaque quando na semana passada mil e quatrocentos passageiros da Hewa Bora corriam o risco de não poderem efectuar o voo entre Kinshasa – Paris – Bruxelas. Na ocasião segundo notícias publicadas na Bélgica, o Instituto de Aviação Civil de São Tomé proibira o voo do aparelho por precaução, e sobretudo porque a União Europeia assim o exigira.

XS
SM
MD
LG