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Angolanos Expulsos Carecem de Ajuda Humanitária Urgente


A agência das Nações Unidas para os Refugiados revelou que milhares de angolanos expulsos recentemente da Republica Democrática do Congo carecem de ajuda humanitária urgente.

De acordo com aquela agência da ONU, a maior parte dos angolanos expulsos do país vizinho estão concentrados na cidade de Mbanza Congo, no norte de Angola.

Uma equipa daquela agência da ONU visitou no fim-de-semana, Mbanza Congo, na província angolana do Zaire e constatou as péssimas condições em que cerca de 30 mil deslocados estão a viver num superlotado centro de acolhimento, junto a fronteira com a Republica Democrática do Congo.

O porta-voz da Agencia das Nações Unidas para os Refugiados, Andrej Mahecic, disse que uma primeira avaliação das condições de acolhimento dos deslocados, revelou-se crítica, com o centro de acolhimento a carecer de assistência imediata nomeadamente tendas de campanha, medicamentos e melhoria das condições sanitárias.

Ainda segundo aquele funcionário da ONU, as reservas de água potável são insuficientes e muitos deslocados tem estado utilizar a água de rios contaminados.

Como consequência das precárias condições de acolhimento dos deslocados angolanos, expulsos da Republica Democrática do Congo, foram já diagnosticados casos de diarreias e de vómitos.

Existe um número significativo de refugiados angolanos entre os deportados. E essa é para nós a situação mais preocupante. Alguns deles disseram terem sido transferidos para diferentes locais, antes de serem enviados finalmente para a fronteira comum com Angola, isto apesar de serem portadores de documentos comprovativos do seu estatuto de refugiados. Outros foram forçados a abandonar o país sem terem tido a possibilidade de levar consigo, nem os documentos nem as suas pertenças. A maior parte foi deportada da província congolesa do baixo Congo.

Aquele porta-voz da Agencia das Nações Unidas para os refugiados frisou que apesar de Kinshasa e Luanda terem chegado a um acordo para a suspensão imediata das deportações de ambos os lados da fronteira comum, as autoridades angolanas preparam-se para um eventual retorno massivo de cidadãos angolanos, que deixarem de se sentir seguros na Republica Democrática do Congo.

Por conseguinte e a pedido de Luanda, aquela agência da ONU vai prestar assistência aos deportados que tencionem regressar as suas localidades de origem, em Angola.

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