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Obama e a Atribuição do Nobel da Paz


O Presidente Barack Obama ganhou o Prémio Nobel da Paz de 2009, aos nove meses do seu mandato. Uma decisão que surpreendeu até a Casa Branca. Horas depois o presidente dava uma conferência de imprensa.

"Bom-dia, não era assim que eu esperava ter acordado hoje. Depois de eu ter recebido a notícia, Malia entrou e disse "Papá ganhaste o prémio Nobel da Paz e é o aniversário do Bow. E a Sasha acrescentou "ah e temos um fim-de-semana de três dias."

Foi assim que Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, começou a sua conferência de imprensa, recordando que uma filha lhe lembrara do aniversário do cão e que a outra o recordara que devido ao feriado na próxima segunda-feira, o fim-de-semana é mais longo.

Obama acrescentou que ficara surpreendido e que aceitava com profunda humildade a decisão do comité norueguês do Nobel.

"Deixem-me ser claro que não vejo (a atribuição) como reconhecimento do que tenho feito, mas sim como a afirmação da liderança americana em nome das aspirações dos valores de todas as pessoas em todas as nações. Para ser honesto não sinto que mereça estar na companhia das grandes figuras que tem sido honradas com este prémio, pessoas que me inspiraram e inspiraram o mundo na sua procura corajosa da paz."

Acrescentou Obama que o prémio reflecte o mundo que se quer construir.

"Também sei que o prémio Nobel não tem sido só usado para reconhecer determinadas realizações através da história, como para dar impulso a uma série de causas. E é por isso aceito este prémio como uma chamada à acção, como uma chamada a que todas as nações confrontem os desafios do século XXI."

Desafios, frizou o presidente, que não podem ser respondidas por um só líder ou uma só nação. Por isso recordou que a sua administração trabalhou na criação de uma nova era de envolvimento em que todas as nações assumam a responsabilidade pelo mundo que se quer.

Obama mencionou os passos dados para que o mundo se livre das bombas nucleares, e responda às mudanças climáticas, que se crie um novo diálogo entre as várias religiões e culturas. Reafirmou que não se pode aceitar um mundo onde as pessoas não tenham oportunidades para fazer face ao futuro.

"Mas sei que são desafios que podemos resolver desde que se reconheça que não pode ser feito por apenas uma só pessoa ou uma só nação. Mas acredito que a América continuará a liderar."

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