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Há Milhões de Crianças Vítimas de Violência


Em todo o mundo há milhões de crianças vítimas de violência, exploração e abuso, segundo um novo estudo da UNICEF. Esta é a primeira vez que a UNICEF apresenta um estudo sobre questões relativas à protecção. O novo estudo analisa o progresso das nações em proteger as crianças de todas as formas de ofensas e injúrias.

Em todo o mundo há 2,2 biliões de crianças com menos de 18 anos de idade. E segundo a UNICEF milhões delas sofrem várias formas de abuso.

No seu relatório, a UNICEF menciona progresso em certas áreas. Mas o progresso é insignificante em face do duro tratamento e falta de protecção a que muitas crianças estão sujeitas.

A UNICEF estima que mais de 70 milhões de raparigas e jovens mulheres entre os 15 e os 49 anos de idade sejam sujeitas à mutilação genital feminina, ou qualquer tipo de corte dos seus órgãos genitais, em 28 países de África mais o Iémen. O número poderá ser mais elevado quando se conseguir contar todas as mulheres nesta situação, em todo o mundo.

Apesar da prática da mutilação continuar a existir em muitos países, a ONU detectou um declínio deste tipo de práticas nos últimos 10 a 20 anos.

O registo de nascimento é outra área de sucesso. A UNICEF indica que o registo de crianças é o passo mais importante para as proteger, porque assim podem ir à escola. E crianças não registadas são vulneráveis ao tráfico de crianças.

Casamento de crianças é outro indicador da situarão das crianças. Mais de um terço de jovens entre os 20 e os 24 anos de idade, nos países em desenvolvimento casaram antes dos 18 anos de idade. Metade delas vive na Ásia.

Esta é uma prática que viola os seus direitos humanos. Segundo Susan Bissel responsável pela protecção das crianças na UNICEF, quanto mais jovem uma rapariga se casa, mais cedo pode engravidar, e maiores os riscos para ela e para a criança.

O relatório menciona várias áreas onde as crianças estão desprotegidas. A UNICEF estima que, globalmente, 150 milhões de crianças dos 5 aos 14 anos de idade que trabalham. A maior parte na África subsariana.

Não existem números de confiança sobre as crianças e os adolescentes que são sujeitos a abusos e exploração sexuais devido à natureza clandestina do trabalho. Mas, nota o relatório, estão envolvidos milhões de raparigas e rapazes em todo o mundo.

A maior parte da informação contida no relatório refere-se aos países em desenvolvimento. Mas nota que nos países industrializado também há crianças abusadas e exploradas.

Uma recente revisão dos estudos detectou que quatro por cento das crianças nos países ricos são abusadas fisicamente, e uma em cada 10 negligenciada ou abusada psicologicamente. Em 80 por cento dos casos os culpados são os pais ou quem toma conta dessas crianças.

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