Populações civis próximo da fronteira do Senegal com a Guiné-Bissau encontram-se numa situação crítica, na sequência do aumento da violência por parte de forças rebeldes naquela área.
Mais de mil residentes fugiram das suas casas, no Sul do Senegal, depois de uma emboscada ter provocado a morte a seis soldados senegaleses, na passada sexta-feira.
O líder comunitário da região de Niagha, Yorom Ballo, afirma que a situação naquela área está muito difícil. Residentes das aldeias mais próximas aos ataques, abandonaram as suas casas, instalando-se nas residências de familiares e amigos. Com o súbito aumento da população em algumas aldeias, não há comida suficiente para alimentar toda a gente.
Ballo acrescenta que há também falta de camas e que a situação em muitas casas é de superlotação. Aquele líder comunitário disse ter visitado uma casa em que 20 pessoas se encontravam instaladas na mesma sala. E está preocupado que as condições sejam insalubres e possam favorecer a transmissão de doenças.
Os residentes abandonaram as suas casas próximo da fronteira com a Guiné-Bissau, após ataques recentes lançados na região por parte de rebeldes senegaleses.
Na passada sexta-feira, quando soldados senegaleses regressavam de uma patrulha foram emboscados atribuído aos rebeldes do Movimento Democrático de Casamance.
Foi um dos mais sangrentos ataques contra tropas senegalesas dos últimos anos. No dia anterior, atiradores mataram três outros, na sequência de um ataque contra um táxi na região.
Recorda-se que, no mês passado, a força aérea senegalesa bombardeou bases rebeldes próximo de Ziguinchor, a capital da região de Casamance, depois de alegados guerrilheiros do Movimento Democrático de Casamance terem morto um soldado senegalês num posto do exército. Duas pessoas foram mortas, em Agosto último, na sequência de um ataque contra um autocarro.
Num discurso à nação feito, no mês passado, o presidente Abdoulaye Wade, lamentou os recentes ataques e prometeu fazer esforços para fazer a paz com os independentistas.
