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Ajudar os Agricultores do Mundo em Desenvolvimento


A administração norte americana indicou que vai dispender três mil milhões e meio de dólares num prazo de três anos para ajudar os agricultores do mundo em desenvolvimento produzirem mais alimentos e colocarem os produtos nos mercados.

A secretária de Estado Hillary Clinton esboçou o plano da administração durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, um plano que constitui uma resposta à actual crise alimentar que fez aumentar para um bilião o número de pessoas que a nível mundial, passam fome.

A contribuição dos Estados Unidos faz parte de um compromisso de vinte mil milhões de dólares anunciado em Julho pelo Grupo dos Oito.

Grace Ndung´u arranja cerca de um hectare na localidade de Murang´a, no Quénia, situada a cerca de uma hora nos arredores de Nairobi.

Grace diz que tal como muitos agricultores africanos, costumava a cultivar apenas milho. Constitui uma estratégia arriscada que coloca os agricultores à mercê das condições atmosféricas, dos insectos, das doenças, e da flutuação dos mercados.

No entanto há três anos Ndung´u começou a trabalhar para uma organização não governamental que ajuda a educar os agricultores a melhorar a sua produtividade.

"Diversifiquei, refere ela, estava a cultivar apenas milho. Agora cultivo feijões, produtos hortícolas, como tomates, couves, vegetais indígenas, e vários géneros de frutas. "

Grace acrescenta que está também a cultivar mais milho, e que por causa disto tudo esta a ganhar mais dinheiro, o suficiente para comprar uma outra herdade e contratar mais trabalhadores.

Os especialistas consideram que para acabar com a fome a nível mundial e tirar as populações da pobreza, este programa merece ser apoiado. Acreditam que investindo nos agricultores contribui para a redução do numero dos pobres e dos que passam fome, mais do que qualquer outro género de investimento.

O investimento na agricultura tem baixado nas últimas décadas, com os doadores internacionais a contribuírem nos anos setenta cerca de 17 por cento da assistência, comparado com os actuais cerca de cinco por cento.

Joachim von Braun, director geral do Instituto Internacional de Pesquisa para a Politica Alimentar, aqui em Washington, afirma que a pesquisa e o desenvolvimento agrícola vai aumentar dos cinco mil milhões de dólares para 15 mil milhões de dólar.

"Dentro de dez anos teremos menos 300 milhões de pessoas com fome. Este será o maior benefício que se pode obter deste género de investimento."

Os preços dos produtos alimentares em algumas áreas de África permanecem hoje sensivelmente mais altos do que eram antes da crise alimentar.

A estratégia enunciada por Hillary Clinton inclui muitos dos elementos que os especialistas sustentam ser o que os agricultores do mundo em desenvolvimento necessitam – investimento na pesquisa e desenvolvimento, acesso a sementes melhoradas e a fertilizantes, programas de seguros para os pequenos agricultores, bem como uma infra-estrutura melhorada como no caso das estradas e instalações de armazenamento para ajudar aos agricultores no acesso aos mercados.

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