A Organização Mundial de Saúde, OMS, diz que mais de 4 milhões de seropositivos recebem tratamento anti-retroviral. Num novo estudo publicado pela OMS em conjunção com a UNICEF e a UNAIDS indica-se que o maior progresso foi obtido na África subsariana, onde se registam dois dois-terços das infecções.
O estudo indica que o acesso à terapia anti-retroviral continua a aumentar rapidamente. Os dados de finais de 2008 mostram que 36% dos seropositivos tinham recebido tratamento no ano anterior.
Teguest Guerma, do departamento do HIV/SIDA na OMS refere que os números representam um aumento exponencial ao longo de cinco anos. Mas, nota, apesar do progresso, a cobertura a nível global permanece baixa.
Guerma acrescenta que apenas cinco milhões e meio dos nove milhões e meio de infectados estão a receber o tratamento de que necessitam. Para além de que muitos dos que recebem tratamento chegam tarde aos centros de saúde, quando já estão doentes, o que tem impacto na taxa de sobrevivência.
O estudo nota ainda que o preço dos medicamentos anti-retrovirais mais largamente usados diminuiu nos últimos anos, reflectindo-se no aumento do número de pessoas que podem receber tratamento. Entre os principais beneficiados estão as mulheres e as crianças.
Michael Sidibe, director-executivo da UNAIDS, afirma que o progresso registado em África é dramático. Na África subsariana o número de seropositivos tratados aumentou de 50 mil há alguns anos para os actuais três milhões.
Mas tratamento sem prevenção, nota, é como nunca sair do mesmo lugar."O número de pessoas em tratamento nunca irá diminuir a menos que se impeçam novas infecções,"diz ele.
As agências de saúde estimam precisar de 25 biliões para o ano de 2010 para pagar o pacote compreensivo de actividades relacionadas com o HIV/SIDA. Entre elas conseguir aumentar para sete milhões o número de pessoas que recebem tratamento, promover actividades de prevenção e reforçar o sistema de saúde nos países em desenvolvimento.
