O governo afegão está a tentar assegurar os eleitores que estão em vigor medidas especiais de segurança durante a eleição presidencial, que tem lugar hoje, e amanhã, quinta-feira, amanha, enquanto, por sua vez, os militantes talibãs prometem ataques às estacões do voto e retaliação contra os eleitores que se atreverem a ir para as urnas.
Cabul, a capital do Afeganistão, que foi alvo de vários ataques bombistas suicidas e de roquetes, a semana passada, intensificou as suas medidas de segurança.
Quarta-feira, durante as celebrações do dia da independência, um trio envergando vestes suicidas e munido de granadas e armas AK-47, assaltou uma sucursal de um banco encerrado, a cerca de um quilómetro do palácio presidencial, depois de imobilizarem os guardas.
O director da unidade anti-crime do Ministério do Interior, General Abdul Jamil Junbish, disse aos jornalistas que as suas forças ripostaram prontamente, tendo morto três terroristas e capturado munições. Vários agentes ficaram feridos na troca de tiros.
Os talibãs reivindicaram a responsabilidade pelo assalto, advertindo que mais actos de violência terão durante a eleição.
O assalto acontece um dia depois de um ataque bombista suicida a um veículo integrado num comboio militar estrangeiro, a leste da cidade.
As autoridades afirmam que 8 indivíduos morreram no ataque, entre os quais, um soldado da NATO e dois trabalhadores das Nações Unidas, ficando feridas mais de 50 outras pessoas, na sua maioria civis afegãos.
Outras noticias anunciavam mais ataques letais noutras zonas do países contra autoridades ligadas as eleições, enquanto os militares continuam a efectuar transportes de ultima hora de materiais de voto para as zonas mais remotas da nação.
O chefe pelas operações eleitorais, Daoud Ali Najafi, disse que os votos serão imediatamente contados, logo assim que encerrem as urnas, na quinta-feira.
Os resultados preliminares deverão ser anunciados dentro de 48 horas depois do encerramento das urnas, enquanto os resultados provinciais ou de conselheiros irão levar mais tempo.
Se um número demasiado elevado de eleitores se sentir intimidado para se deslocar às urnas, isso poderá prejudicar a legitimidade do voto.
As autoridades afegãs afirmam que as forças internacionais instalaram três redes de segurança terrestres e aéreas, afim de proteger milhares das estações de voto em todo o país.
Foram registados cerca de 17 milhões de eleitores que terão de escolher entre vários candidatos presidenciais, além do titular, Hamid Karzai que, entretanto, se encontra à frente nas sondagens, mas se não alcançar a marca necessária dos 50 por cento, está prevista uma segunda volta entre os dois candidatos mais votados.