Os dirigentes do Grupo dos Oito concluíram a cimeira de Itália com um compromisso de 20 mil milhões de dólares para reforçar os abastecimentos de alimentos as nações pobres.
O compromisso sobre a segurança alimentar e a contenção do aquecimento global encontram-se entre os principais tópicos da cimeira.
O presidente dos Estados Unidos Barack Obama afirmou ter sido uma cimeira de consenso – ao lidar com a crise económica global, a alteração climática, a não proliferação nuclear, o Irão - e o compromisso de ajuda para obter a segurança alimentar dos países mais pobres.
'Prometemos vinte mil milhões de dólares para a segurança alimentar, programas de desenvolvimento agrícola para ajudar a combater a fome, a nível mundial. Isto para alem da ajuda de emergência humanitária que fornecemos.'
A organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura – a FAO - acolheu com agrado o que descreveu como sendo uma alteração de política para ajudar os pobres e os que passam fome.
Muitas organizações de ajuda internacional reagiram com cautela. O activista do desenvolvimento Kumi Naido, da organização Campanha Global Contra a Fome, contínua céptico até que sejam conhecidos mais detalhes do programa.
'Veremos se se trata de um pequeno passo na direcção correcta. Depende dos detalhes, já que uma das tradicionais reacções dos G 8 reside no recuperar de compromissos antigos e uma das coisas que os nossos especialistas procuram ver é se de facto não se trata de reactivar de compromissos anteriores.'
As organizações de ajuda tinham solicitado aos G Oito para que cumprissem com os compromissos anteriores na assistência alimentar e no desenvolvimento.
A cimeira de L'Aquila centrou-se igualmente nas alterações climáticas. Os G 8 e os parceiros das maiores economias emergentes, incluindo a Índia, a China e o Brasil, concordaram em que as temperaturas globais não devem subir mais do que uma média de dois graus Célsius acima dos níveis pré industriais.
Os membros dos G Oito prometeram trabalhar numa redução de 80 por cento das emissões dos gases de estufa até ao ano de 2050.
Enquanto isto as nações em desenvolvimento prometeram negociar as reduções mas ainda não chegaram a acordo sobre os detalhes.
O presidente Obama classificou esta decisão como sendo um consenso histórico, mas reconheceu ter sido apenas um primeiro passo no futuro.
O secretário-geral da ONU Ban Ki-moon indicou que o objectivo de 2050 está situado num futuro distante sendo necessário, entretanto a adopção de outras medidas.
Muitas agências de assistência e grupos ambientais referiram que os progressos são muito pequenos e demasiado lentos.