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Tribunal de Haia quer   Bemba


O Tribunal Penal Internacional, sediado em Haia, ordenou ao antigo vice-presidente da Republica Democrática do Congo, Jean-Pierre Bemba que se apresente em tribunal para ali responder por cinco acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Num comunicado o Tribunal diz que um painel de juízes acredita que existem provas suficientes de que o antigo vice-presidente Jean-Pierre Bemba é criminalmente responsável de assassinato, violações sexuais e pilhagens.

Estas atrocidades tiveram lugar na República Centro Africana entre os anos de 2002 e 2003. Os acusadores afirmam que Bemba enviou cerca de mil e 500 soldados para aquele país para dali reter controlo de uma área fronteiriça congolesa.

Mas os advogados de defesa de Bemba argumentam que as tropas não estavam sob comando do seu cliente. Numa entrevista à rádio francesa, no princípio do ano, um dos advogados, Nkwebe Liriss, culpabilizou o antigo presidente centro africano, Ange-Felix Patasse.

Liriss argumentava que os acusadores não tinham qualquer prova contra Bemba, o qual poderia ter estado em contacto telefónico com as tropas, mas que todas as ordens eram dadas por Patasse e o seu governo. Deveria ser Patasse a estar perante o tribunal em Haia e não Bemba, defendeu o causídico.

Filho de um negociante rico, Bemba governou como senhor da guerra uma vasta área na zona nordeste do Congo. Em 2006, perdeu para Joseph Kabila numa eleição presidencial extremamente disputada. Um ano mais tarde, a sua milícia privada foi desbaratada pelas forças governamentais, e em 2008, Bemba foi detido durante uma visita a Bruxelas.

Bemba é o mais destacado líder à custódia do tribunal de Haia. O Tribunal Penal Internacional emitiu, também, uma ordem de prisão para o presidente sudanês, Omar al-Bashir.

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