O presidente iraniano Mahomoud Ahamadinejad rejeitou alegações de fraude nas eleições presidenciais de sexta-feira, afirmando que foi reeleito na sequência de uma votação livre.
Durante uma conferência de imprensa, no domingo, Ahmadinejad comentou que a sua margem de vitória nas controversas eleições foi tão grande que não pode ser posta em causa. Posteriormente, saudou milhares de apoiantes seus, durante um comício realizado para festejar a sua vitória, numa praça de Teerão.
De acordo com os resultados oficiais, Ahmadinejad obteve 63 por cento dos votos contra 34 do seu principal rival, o político da ala reformista Mir Hossein Mousavi. Mousavi acusou o governo de fraude e considerou as eleições uma "encenação".
A União Europeia manifestou a sua preocupação pela forma como as autoridades iranianas esmagaram as manifestações de rua levadas a cabo para protestar contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad.
Um comunicado emitido, no domingo, pela presidência checa da EU manifestou também o desejo de que os resultados eleitorais não prejudiquem o diálogo com o Irão no que toca ao seu programa nuclear.
Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier qualificou a repressão dos manifestantes em Teerão como inaceitável.
Também a França manifestou preocupação, com um dos mais próximos conselheiros do presidente Nicolas Sarkozy afirmando que "o que aconteceu no Irão não constitui boa notícia para ninguém".