O presidente Barack Obama apela a 'Um novo começo" nas relações entre os Estados Unidos e os 1 bilião de muçulmanos do mundo, afirmando que o ciclo de "suspeita e discórdia" terá que terminar.
Num discurso na Universidade do cairo, esta quinta-feira, Obama disse que os extremistas violentos têm explorado as tensões entre os muçulmanos e o Ocidente. Acrescentou que os Estados Unidos e o mundo muçulmano terão que trabalhar em conjunto para confrontar o extremismo em todas as suas formas.
Obama mencionou os seus planos para retirar as tropas americanas do Iraque e deixar o Iraque aos iraquianos. Disse que Washington quer também fazer regressar as suas tropas no Afeganistão, mas que está empenhado em continuar a lutar contra extremistas que naquele país estão determinados em matar Americanos, entre outras pessoas.
O dirigente norte-americano descreveu o conflito israelo-palestiniano uma enorme fonte de tensão e reiterou a necessidade de um estado palestiniano lado a lado com um estado judeu. Obama disse aos palestinianos que terão que renunciar à violência e aos israelitas que tem que reconhecer o direito a existir da Palestina.
Os Estados Unidos, acrescentou, estão prontos a avançar na sua politica para com o Irão, por forma a ultrapassar décadas de desconfiança.
Em geral Obama afirmou-se empenhado em apoiar governos baseados nos ideais democráticos da justiça, transparência e liberdade.
Apelou à tolerância religiosa e notou a importância da igualdade das mulheres. O presidente norte-americano concluiu o seu discurso dizendo que "um novo começo" apenas pode ser alcançado trabalhando em conjunto e ultrapassando um passado de "grande receio, e muita desconfiança."