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Angola Pode Ser “Chave” de África –  Militar Americano


Os Estados Unidos e Angola vão em breve ter novos adidos militares nas capitais dos respectivos países.

A Voz da América soube que o novo adido militar de Angola em Washington vai ser o almirante António Feliciano dos Santos. É uma nomeação que surge numa altura em que através de África e em países com longas costas como Angola, há uma crescente consciencialização da necessidade de se defender as riquezas marítimas há muitos a serem pilhadas e devastadas por frotas de pesca estrangeiras. A possibilidade de uma cooperação militar nesse campo é uma possibilidade vista aqui em Washington por especialistas americanos.

O próximo adido militar americano em Luanda vai ser o Tenente Coronel Shannon Beebe um oficial que numa conversa informal com entidades comerciais e politicas ligadas às relações entre os dois países tornou bem claro que vê o futuro das relações Luanda/Washington como algo que deve ser multifacetado e não apenas virada para um só campo.

Beebe disse que para ele Angola é um dos países que no futuro vai ser a chave de África.

"Se olharmos para onde Angola está estrategicamente situada então verificamos que é uma esfera de influência na África Austral, África Central e África Ocidental," disse aquele oficial.

"Angola é actualmente o produtor numero um de petróleo em África, é o primeiro fornecedor de petróleo à China, é o sexto fornecedor de petróleo para os estados Unidos. A pergunta a fazer é: Porque é que estrategicamente não estamos concentrados em Angola mais do que em qualquer outro lugar?" acrescentou.

Nessa conversa o Tenente-coronel Beebe tornou claro que vê a sua futura tarefa em Luanda como não a de passar receitas para os problemas que Angola possa ter mas sim ouvir o que os angolanos querem para resolver problemas por eles proprios identificados.

Para o futuro adido militar americano os Estados Unidos têm que abandonar as suas teorias sobre o que é certo e aceitar o que os angolanos consideram de relevantes.

O tenente-coronel Shannon Beebe é de opinião que os contactos militares entre os dois países têm que aumentar. O oficial americano reconheceu haver desconfiança de Angola para com os Estados Unidos falando daquilo que descreveu de "30 anos de bagagem" dessas relações. Por isso advoga um maior contacto entre as duas partes.

"Porque é que não estamos a fazer um esforço em trazer dirigentes militares angolanos a este país perguntando: o que é vocês querem. Temos aqui algumas ideias: o que é que vocês querem ver?", interrogou

Beebe disse ainda com certo humor de que tinha aprendido na academia militar que o seu papel não é ter respostas para tudo mas sim saber onde encontrar essas respostas

"O meu trabalho como um pesquisador é dizer: não tenho uma resposta para lhe dar mas penso conhecer alguém que vos possa ajudar", disse o oficial americano

O tenente-coronel Shannon Beebe foi analista africano junto do sub chefe de estado maior do exercito para informações (intelligence) .

Deverá chegar a a Angola em Agosto, altura em que o almirante Feliciano dos santos assume a sua posição em Washington

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