A economia dominou a segunda conferência de imprensa do presidente Barack Obama. A violência no México e a procura da paz no Médio Oriente foram outros dos temas abordados.
O presidente afirmou estar certo de que a recessão vai ser contida, e que já existem sinais de progresso.
"Vamos recuperar desta recessão … Mas irá levar tempo".
Obama sublinhou que a aprovação do orçamento que propôs é essencial.
"O orçamento que apresentei ao Congresso irá construir a nossa recuperação económica numa base mais forte, para que não tenhamos de enfrentar uma outra crise como esta, daqui a dez ou vinte anos".
Durante a conferência de imprensa o presidente foi um homem com uma missão. O seu objectivo: fazer com que a opinião publica se centre na economia após dias de controvérsia sobre a companhia de seguros AIG que distribuiu aos empregados milhões de dólares em bónus apesar de ter recebido fundos governamentais para se manter em operação.
Obama apelou aos Americanos para que apoiem a iniciativa de conceder ao governo poderes para regulamentar as instituições financeiras como a AIG, que não sendo bancos, já que a sua falência pode prejudicar enormemente a economia.
"É exactamente por que não temos esta autorização, que a situação da AIG piorou".
O presidente falou igualmente da necessidade de reformular o sector financeiro internacional referindo não ver necessidade de uma divisa global. Deixou claro que vai a cimeira económica dos G 20 a realizar na próxima semana em Londres com uma agenda completa.
"Penso que o objectivo da cimeira dos G 20 é realizar várias coisas. Primeiro o de afirmar a todos os países que vamos efectuar tudo o que seja necessário para a criação de postos de trabalho e fazer que a economia avance uma vez mais".
Durante quase cerca de uma hora com os jornalistas, o presidente foi inquirido sobre a decisão de enviar mais agentes dos Estados Unidos para a fronteira com o México numa iniciativa para combater a explosão de violência relacionada com os poderosos grupos das drogas.
Obama acentuou que se for necessário irá procurar outras decisões.
"Vamos continuar a acompanhar a situação e se as medidas que adoptamos não resolverem o problema, então iremos de novo actuar".
A última pergunta da noite relacionou-se com o Médio Oriente e as perspectivas para a paz agora que um novo governo – mais conservador – se prepara em Israel para assumir o poder.
O presidente reconheceu que o processo de paz não vai ser fácil, admitindo uma certa incerteza sobre o futuro das lideranças Israelita e Palestinianas. Sublinhou que não tenciona desistir.
"Aquilo que sabemos é que a situação actual é insustentável".
O presidente referiu acreditar no poder da persistência, adiantando que a mesma persistência americana que ajudou a por fim a anos de conflito na Irlanda do Norte, pode vir a resultar no Médio Oriente.