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Raptos no Delta do Níger: Uma Ameaça Permanente


Vários crimes violentos foram registados no Delta do Níger, região rica em petróleo, ao Sul da Nigéria, onde grupos de milícias começaram a reclamar uma distribuição mais justa dos lucros dos recursos naturais.

As milícias lançaram uma campanha de sabotagem contra a indústria petrolífera vai para há três anos. Mais de 300 trabalhadores das companhias de petróleo foram sequestrados desde 2006.

Milícias e bandos de criminosos a procura de resgates intensificaram os ataques e sequestros contra trabalhadores estrangeiros na região do Delta do Níger, uma vasta área de pântanos onde se encontra toda a reserva de petróleo da Nigéria.

Milhares de trabalhadores estrangeiros das companhias petrolíferas foram obrigados a abandonar a zona nos últimos anos por causa da espiral de violência. Fidelis Ogbah um chefe local de Asaba diz que a violência tem posto em causa o nome da Nigéria. Diz ele: "Ninguém tem o direito de sequestrar o ser humano e exigir resgates. Isto deve ser condenado por todos nigerianos bem-intencionados. É uma má imagem para o país."

Gangs de criminosos têm aproveitado da ausência da lei e da ordem. Sequestros, roubos a mão armada e de veículos levam os residentes da região a viver num estado de insegurança. O desemprego e a pobreza são considerados como responsáveis pelo agravar da situação.

"A razão dos raptos é a mendicidade. Temos tido muita gente que hoje não tem emprego. Não se pode esperar que essas pessoas cruzem os braços e fiquem em causa sem fazer nada," diz Fidelis Ogbah.

Os expatriados que eram vistos como vivendo bem, eram os alvos dos sequestros. Mas, actualmente, mais e mais vítimas são da classe média ou da classe trabalhadora. Até mesmo, os mais pobres estão a ser raptados nas ruas por resgates tão baixos, de pouco mais de 100 dólares. O chefe tradicional Ogbah diz que a cultura de pagamento de resgate está a encorajar cada vez mais os jovens a pratica do rapto: "Aqueles que pagam os resgates não estão a ajudar. Deviam informar a polícia. Anteriormente, recusavam em pagá-los e os sequestradores libertavam, mais tarde, as pessoas. Eu não aceito que se paguem aos raptores. Estaremos a apoiar os sequestros se os pagarmos."

Chidi diz por sua vez que muitos dos actuais membros das milícias tem sido no inicio armados por políticos, que os usam para intimidar os seus adversários: "Estas pessoas que estão a fazer isto, são armadas pelos políticos também. E a única maneira para resolvermos o problema é se houvesse mais oportunidades de emprego."

Analistas dizem que a pobreza e a corrupção levaram ao surgimento de milícias e de criminosos nas comunidades abandonadas do Delta do Níger, onde muitas pessoas estão zangadas com o facto da riqueza proveniente do petróleo estar a ser levada para fora das suas terras em vez de os beneficiar.

O que tem dado o governo tem sido pouco para desenvolver a região

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