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Novos Raptos na Somália


As Nações Unidas confirmaram que quatro dos seus trabalhadores foram raptados na manhã de hoje, segunda-feira, em Waajid, na zona centro-sul da Somália.

O porta-voz das Nações Unidas, Dawn Blalock, disse que os 4 indivíduos se encontravam a caminho do aeroporto, quando foram raptados.

"Embora alguns dos raptores estivessem armados, não houve, tanto quanto se sabe, tiroteio, durante o incidente. De momento sabemos onde os 4 elementos foram raptados, mas não estamos em contacto com os sequestradores. Por enquanto a nossa prioridade é trabalhar com as autoridades locais em Wajid a fim de conseguirmos a libertação incondicional dos 4 trabalhadores."

Os 4 agora raptados trabalhavam para o PAM (Programa Alimentar Mundial), e para o Programa do Desenvolvimento, ambas agências das Nações Unidas, desconhecendo-se até agora as nacionalidades de três dos 4 trabalhadores estrangeiros.

Embora as Nações Unidas não tenha identificado os homens armados, alguns meios da imprensa local na Somália afirmam que os atacantes seriam membros da milícia islâmica al-Shabab, que controla grande parte do centro e sul da Somália.

Os raptos de trabalhadores de ajuda internacional tornaram-se habituais na Somália, tendo 26 sido raptados em 2008, e mortos 35 outros, enquanto as vítimas do sequestro são muitas vezes libertadas após pagamento de resgate.

O novo presidente da Somália, Sheik Sharif Ahmed, um islâmico moderado, e antigo líder insurrecto, ele próprio, está presentemente a tentar estabelecer o controlo do seu governo no país e a conquistar o apoio dos insurrectos islâmicos. Na semana passada, o seu governo anunciou planos destinados a implementação da Sharia ,ou Lei Islâmica, na Somália.

A iniciativa foi bem acolhida por alguns grupos islâmicos, mas rejeitada pela ala de linha dura de al-Shabab. Nos últimos três dias, várias pessoas morreram em recontros entre elementos da al-Shabab e milícias islâmicos sufistas, na região central da Somália.

O Presidente Ahmed está igualmente a tentar angariar apoios doutros governos estrangeiros, tendo visitado para esse fim a semana passada, países vizinhos da região leste africana.

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