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Ajudar o Zimbabue na Reconstrução


Os Ministros da SADC, Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, concluíram a reunião na Cidade do Cabo, prometendo ajudar o Zimbabue na reconstrução da sua economia, infra-estruturas e serviços sociais.

Mas o presidente da mesa da reunião, a Ministra dos Negócios Estrangeiros sul-africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, advertiu os colegas que a obtenção de fundos para uma iniciativa tão grande iria levar tempo:

"… Todos na SADC estamos determinados a ajudar o Zimbabue a mobilizar recursos necessários para a sua reconstrução, mas posso garantir que desconhecemos o tamanho ou a altura em que poderão ser angariados…tendo em conta que o ambiente económico global é difícil…o que podemos dizer é que iremos envidar os nossos melhores esforços para os obtermos."

A ministra sul-africana disse que os líderes da comunidade estão determinados a convocar uma cimeira especial sobre o Zimbabue, provavelmente antes da cimeira dos G-20,em Abril próximo, altura em que os ministros irão solicitar aos doadores bilaterais e multilaterais a sua contribuição para a ajuda financeira ao Zimbabue.

O novo governo de unidade nacional, do Zimbabue, propôs um pacote no valor de 2 biliões de dólares destinados a reactivar a economia que sofreu um declínio da casa dos 40 por cento nos últimos 10 anos, assim como para a reestruturação das infra-estruturas e serviços sociais.

Analistas calculam que pelo menos 5 biliões de dólares serão necessários para financiar a reconstrução do Zimbabue a longo prazo. Todavia, adiantam os analistas, o Zimbabue poderá enfrentar problemas quanto a obtenção de fundos de alguns doadores devido em parte aos atrasos em pagamentos dos empréstimos anteriores, de alguns deles.

Alguns doadores, sobretudo os governos ocidentais, tem rejeitado qualquer apoio ao Zimbabue que não seja uma ajuda directa de carácter humanitário, em grande parte devido a corrupção e aos abusos dos direitos humanos sob o regime do Partido ZANU-PF, do Presidente Mugabe.

Há duas semanas o Presidente Mugabe aceitou a posse do governo de unidade nacional, tendo o líder do partido da oposição assumido a pasta de Primeiro-ministro.

Mas os governos ocidentais tem indicado que não avançarão qualquer ajuda ao Zimbabue, enquanto Mugabe continuar a fazer parte do novo governo.

Por outro lado, notícias referem terem-se registado lutas internas entre altos responsáveis da coligação do partido de Mugabe e de Morgan Tsvangirai, que controlam, cada um, metade das pastas do governo.

A ministra sul-africana, Dlamini –Zuma afirmou a este propósito:

"Haverá problemas difíceis de resolver…mas os zimbabueanos asseguraram-me que estavam todos estão determinados a resolver os seus problemas."

Todavia, Tsvangirai queixou-se esta semana do facto de Mugabe ter nomeado altos funcionários diplomáticos sem o consultar, ou sem ter obtido, de antemão, o consenso do governo da unidade nacional. Mugabe rejeitou a alegação afirmando tratar-se de nomeações feitas antes da criação do governo da unidade nacional, e que por isso são legais.

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