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EUA: Peritos Defendem Investimento Agrícola na África  Sub-Sahariana


Um grupo de especialistas em ajuda externa está a propor o relançamento da ajuda americana à África Sub-Sahariana e ao Sul da Ásia. Essas propostas foram apresentadas, esta semana, pelo Conselho para as Questões Globais de Chicago, fazendo uma referência expressa a Moçambique.Aquele painel de 13 elementos que fez aquelas recomendações é liderado por Catherine Bertini, uma professora da Universidade de Siracusa e antiga chefe do Programa Alimentar da ONU. Na sua opinião, uma aposta na produção alimentar em África e no Sul da Ásia irá ajudar a arrancar da pobreza 270 mil pessoas até ao ano de 2020.

Disse Bertini: "O desenvolvimento agrícola desapareceu da nossa agenda. Temos que voltar a pegar nisso. Em resultado da redução do nosso apoio à agricultura, se continuar como está, não poderemos ver melhorias significativas." As recomendações deste painel foram reveladas pelo Instituto Internacional Peterson, aqui em Washington. Outra das personalidades que co-preside ao painel é o antigo secretário da Agricultura Dan Glicksman, o qual afirma que as suas recomendações se destinam a apoiar mais de 700 milhões de pessoas em zonas rurais da África Sub-Sahariana e no Sul da Ásia que vivem com o equivalente a um dólar por dia. Glickman adiante que aumentar o financiamento para a investigação e educação é uma prioridade: "Para atingir aqueles objectivos, o governo americano terá que aumentar o seu apoio à USAID, apoiando estudantes da África Sub-Sahariana e do Sul da Ásia para estudarem nos EUA e para aumentar o número de parcerias com as universidades americanas".

David Beckman, perito em desenvolvimento económico, afirma ser crucial que as aldeias remotas como aquela que este professor visitou recentemente próximo do Lago Niassa, em Moçambique, tenham acesso a fertilizantes que possam aumentar a sua produção de mandioca, a sua base alimentar. Disse Beckman: "Toda a gente que encontrei nesta área do Norte de Moçambique, toda a gente passa muito tempo sem ter comida. Eles sabem o que é ter fome. Se eles tiverem acesso a adubos, isso provocaria uma grande mudança."

Peritos agrícolas em agricultura estão encantados pelo facto do presidente Barack Obama partilhar o seu empenhamento em melhorar a produção alimentar. A propósito, sublinharam passagens do discurso do acto de posse proferido pelo presidente dos EUA, no dia 20 de Janeiro, prometendo aos povos das nações pobres cooperar para fazer com que as suas propriedades agrícolas prosperem. Nenhum outro presidente americano se referiu de forma tão específica à produção alimentar.

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