Uma nova versão de um medicamento contra a malária para crianças foi lançado em 14 países africanos. Funcionários de Saúde esperam que o novo medicamento ajude a reduzir o número de mortes de crianças pela malária, por tornar o tratamento mais fácil e mais efectivo.
O laboratório farmacêutico suíço Novartis, em conjunto com a organização não lucrativa Empreendimento Medicamentos para a Malária, lançou uma nova versão do medicamento anti-palúdico Coartem numa conferência na capital do Senegal, Dacar.
Como explica o vídeo promocional, o novo medicamento, testado em conjunto com o Ministério da Saúde da Tanzânia, provou ser efectivo tal como a sua versão anterior, mas foi-lhe dado um novo sabor agradável as crianças e pode ser administrado em doses infantis.
O medicamento vem em comprimidos, que são dissolvidos numa pequena quantidade de água, tornando-se numa bebida com sabor a fruta. As crianças muitas vezes recusavam a versão anterior devido ao seu sabor amargo.
A malária, também conhecida por paludismo, e uma das mais mortíferas doenças para crianças em África, responsável por quase 20 por cento das mortes de crianças até aos cinco anos de idade, de acordo com a UNICEF.
Gianfranco Rotigliano e o director da UNICEF para a África Ocidental e Central, disse que a malária está ainda em toda a parte em África e embora os adultos desenvolvam anticorpos para a infecção, as crianças até aos cinco anos são especialmente vulneráveis.
Afirmou que embora o novo medicamento infantil seja um avanço, será também importante fazer um esforço coordenado para administrar correctamente o medicamento.
Peritos afirmam que novas campanhas, incluindo o lançamento do medicamento Coartem, estão a ser acompanhadas de perto por funcionários de Saúde. As crianças devem tomar o medicamento durante três dias para ficarem totalmente curadas. Embora a criança provavelmente se sinta melhor depois do primeiro dia de tratamento, a doença provavelmente regressara e agravar-se-á se não forem completados os três dias. A Novartis informou que ira trabalhar com os funcionários de Saúde para educar o publico e os agentes sanitários sobre a forma correcta de usar o medicamento.
A ministra da Saúde do Senegal, Safiatou Thiam Sy, disse que as esperanças são altas no seu país assim como no resto de África.
A ministra senegalesa disse que a malária tem um grande peso não apenas sobre a saúde da região, mas também na sua produtividade e desenvolvimento económico. Tratar a malária em crianças, disse, e a chave para o desenvolvimento do Senegal e da África no seu todo.
A UNICEF estima que a malária pode
afectar negativamente a economia em 1, 3 por cento do produto interno bruto nos
países da África Subsaariana. Aquela agencia das Nações Unidas afirma que a
chave para o combate a malária e uma combinação de programas incluindo o uso
alargado de redes mosquiteiras e um sistema mais efectivo de distribuição de
medicamentos.