A secretária de estado americana, Hillary Clinton encontra-se em Tóquio a primeira etapa do seu primeiro périplo pelo estrangeiro. Em destaque durante esta sua deslocação estarão a crise económica global e a tensão nalgumas regiões da Ásia.
Salientando a importância da Ásia para os Estados Unidos no século 21, Hillary Clinton quebrou a tradição dos novos secretários de estado americanos que geralmente efectuam a sua primeira deslocação ao Médio Oriente ou à Europa.
Não é por acaso que o Japão é a primeira etapa do seu périplo asiático. De facto, desde o termo da segunda guerra mundial os Estados Unidos e o Japão têm desfrutado de várias décadas de aliança em matéria de segurança e em questões comerciais.
Ambos os governos confirmaram que para além da crise económica global várias questões de segurança constarão da agenda. O Japão pretende o recomeço das conversações hexa-partidas envolvendo a Coreia do Norte para tentar pôr termo à proliferação nuclear de Pyongyang.
O conselheiro do ministério dos negócios estrangeiros Tomohiko Taniguchi afirmou-nos que Tóquio dá grande prioridade ao recomeço das negociações para pôr termo à ameaça militar colocada pela Coreia do Norte.
“ Têm que ser revitalizadas. Hillary Clinton vai dialogar com os governos do Japão, da Coreia do Sul e da China para consolidar as suas posições.”
Durante a última fase das conversações a Coreia do Norte concordou em pôr termo aos seus programas nucleares em troca de apoio à sua periclitante economia.
No entanto pouco antes da chegada de Clinton a Tóquio, no momento em que se celebrava em Pyongyang o sexagésimo sétimo aniversário de Kim Jong Ill, a Coreia do Norte deu a entender que estava a preparar-se para mais um controverso teste do seu míssil de longo-alcance.
Falando à imprensa no avião que a levou a Tóquio, a secretária de estado Clinton afirmou por outro lado que as suas conversações na China teriam uma agenda alargada incluindo a concertação de políticas económicas, a resposta às mudanças climáticas, a proliferação nuclear e a sempre delicada questão dos direitos humanos.