O Banco Mundial prevê que o índice de crescimento da economia em África poderá cair para metade do que tem sido nos últimos anos.
A vice-presidente do Banco Mundial, Obi Ezekwesili, que participou na cimeira da União Africana na capital da Etiópia, Adis Abeba, afirmou que, a menos que os países ricos ajudem rapidamente, a crise financeira que se alastra pelo mundo poderá arruinar o longo período de um promissor crescimento económico em África.
Ezekwesili recordou que "até há uma década atrás África , estava com um índice de crescimento negativo em relação à média" crescendno "no máximo dois por cento".
"Na ultima década, este mesmo continente estava a crescer a um nível de 5,8 por cento" acrescentou.
Ezekwesili disse que a quebra deverá levar a uma diminuição de importantes investimentos no sector privado que possibilitaram grandes avanços em infra-estruturas de telecomunicações e que levaram África a obter impressionantes desempenhos económicos.
A economista acrescentou que o Banco Mundial apelou aos Estados Unidos e outros países desenvolvidos a não se retraírem nesta altura de incerteza económica.
Ezekwesili quer que eles criem um fundo de vulnerabilidade para garantir que mais recursos estejam disponíveis para ajudar os países africanos a continuarem a desenvolver infra-estruturas necessárias para sustentar o crescimento económico.
"O que temos visto é que, com infra-estruturas adequadas, a produtividade pode melhorar em 40 por cento no continente africano" disse aquela dirigente do Banco Mundial.
"Com infraestruturas adequadas, o continente pode acrescentar dois por cento as actuais estimativas de crescimento económico" acrescentou.
Ezekwesili afirmou ser importante que os países africanos de mercado recebam ajuda para garantir que não abandonem as reformas que abraçaram, agora que começaram a tirar pessoas da pobreza. A vice-presidente do Banco Mundial afirmou que deve ser dito aos líderes africanos que, nas suas palavras, "a ideia de que o mercado falhou não é correcta" e que apesar da atmosfera de incerteza devem continuar com as políticas que beneficiem o crescimento económico.
