Três navios da marinha de guerra chinesa estão a caminho do Golfo de Aden para se juntarem à frota internacional que se encontram ao largo da costa da Somália fazendo frente aos grupos de piratas que infestam a região. Os três navios levam cerca de 800 homens a bordo, incluindo dezenas de elementos das forças especiais. Os piratas somalis desviaram cerca de 40 navios desde o princípio do ano. Quinze deles continuam na sua posse dos piratas com as respectivas tripulações feitas reféns.
A agência noticiosa oficial chinesa, Nova China, refere que dois cruzadores e um navio de abastecimentos transportando forças especiais partiram, na sexta-feira, de uma base na Província de Hainan, no Sul do país.
O comandante dos três navios de guerra, o contra-almirante Du Jingchen, descreveu a missão afirmando que cada navio terá uma missão diferente, mas que o objectivo principal é proteger os navios mercantes na Golfo de Aden e escoltá-los e proteger os carregamentos.
A China anunciou, na terça-feira, que planeava juntar-se aos esforços antipirataria marítima depois do Conselho de Segurança das Nações Unidas terem autorizado os países membros a atacar bases de piratas a partir do ar ou de terra.
Os navios de guerra chineses vão juntar-se a unidades da marinha de outros países, incluindo a Rússia, Índia, dos Estados Unidos e da NATO.
Durante uma conferência de imprensa dada, na sexta-feira, em Tóquio, o primeiro-ministro Taro Aso, disse que o seu país está também a considerar enviar a sua marinha de guerra para combater os piratas do mar.
Taro Aso disse que todas as nações estão a tomar medidas contra os piratas somali. Por essa razão, o Japão deverá tomar as suas próprias iniciativas. O chefe do governo japonês adiantou ser inapropriado dizer que o seu país não pode ajudar os navios estrangeiros que se encontrem em perigo, enquanto em missão de protecção de navios japoneses. Por isso, disse, o Japão irá rever a legislação e apresentar uma proposta legislativa à próxima sessão parlamentar sobre as regras de policiamento marítimo.
Entretanto, no Quénia, Karim Kudrati, o director executivo da companhia transitária Mokatu, exortou a China e as outras nações envolvidas nas missões para proteger os interesses de todos os navios nas áreas infestadas pelos piratas do mar. Disse ele: "Todos os países estão a enviar a sua marinha para proteger os seus interesses. O que é que acontece aqueles que não têm marinha das suas nacionalidades?"
Um navio da empresa mercante da companhia de Kudrati foi sequestrado pelos piratas do mar, no ano passado. Os piratas somalis aumentaram os seus ataques contras os navios que circulam pelas costas da Somália do ano passado, tendo extorquido dezenas de milhões de dólares em resgates.
O gabinete internacional marítimo refere que 63 de um total de 199 actos de pirataria em todo o mundo registados no mundo inteiro nos primeiros nove meses de 2008 ocorreram nas costas da Somália e no Golfo de Aden.