O novo comandante-geral da Polícia de Moçambique, Jorge Khalau, disse que a sua prioridade será "o combate ao crime e aos criminosos".
Khalau foi
nomeado pelo presidente Armando Guebuza após este ter
exonerado o anterior comandante-geral Custódio Pinto, que ocupava o cargo há
dois anos.
A exoneração quarta-feira de Custódio Pinto foi anunciada apos o
assassínio a tiro, na terça-feira, em Maputo, do director da Ordem e Segurança
Pública, Feliciano Juvane.
Um grupo de indivíduos, ainda a monte, disparou, à
queima-roupa, cerca de 10 tiros, contra o automóvel de Feliciano Juvane, depois
deste ter estacionado a viatura na garagem da sua residência, no bairro
Central, centro da capital do país.
Há duas semanas, Aníbal dos Santos Júnior,
"Anibalzinho", líder da quadrilha que assassinou o jornalista moçambicano
Carlos Cardoso, em Novembro de 2000, fugiu das celas do comando-geral da
polícia moçambicana, onde estava encarcerado há aproximadamente três anos.
Na ocasião, fugiram também Luís Tomás ("Todinho"),
implicado na morte do director da Cadeia Central de Maputo, e Samuel Nhare
("Samito"), indiciado pelo assassínio de quatro agentes da polícia.
Mas tanto Khalau como Pinto não fizeram qualquer men,cão a estes casos como causa da remodelação na chefia.
Khalau disse que a sua "prioridade é
continuação do trabalho que o meu antecessor iniciou: combater o crime para
manter a ordem e tranquilidade em Maputo e no país, no geral"
"Estamos em guerra contra os bandidos aqui na cidade e província de
Maputo", disse.
Por seu turno, o comandante-geral cessante, Custódio Pinto, descreveu
como "missão cumprida" o seu mandato de dois anos.
"Chegou o tempo de cessar, há outras missões a cumprir, daí que foi
nomeado um novo comandante geral", disse, afirmando ser "difícil" adiantar os
motivos da sua exoneração.
"É difícil dizer, porque a decisão não é
minha", mas do Presidente da República, disse Pinto.
Armando Guebuza pediu ao novo comandante da polícia para "promover o diálogo e trabalho de equipa no exercício das
suas funções"