O Conselho de Segurança das Nações Unidas reuniu-se quinta-feira para “consultas” sobre a situação na Guiné Bissau.
O encontro seguiu-se à entrega ao Conselho de Segurança de uma proposta do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki moon, para a prorrogação do mandato da missão da ONU na Guiné Bissau por mais um ano, até 31 de Dezembro de 2009.
No documento o Secretàrio Geral da ONU afirma que a situação financeira no país “permanece muito fraca” enquanto a situação da “segurança alimentar” “deteriorou-se ainda mais”.
O Tráfico de drogas, diz o documento “resultou no aprofundamento da corrupção e num maior enfraquecimentos das instituições nacionais”.
“Tendo em conta os altos níveis de pobreza e desemprego na região, especialmente entre os jovens, o impacto e o poder manipulativo do tráfico de drogas e dos cartéis de crime organizado são altamente prejudiciais à consolidação do primado da lei e à estabilidade da região” disse Ban Ki moon que acrescentou ser sua intenção “continuar consultas” com o governo e outras partes interessadas em medidas para fazer face ao “desafio” do tráfico de drogas na Guiné Bissau.
Ban disse que os preparativos para as recentes eleições legislativas tinham decorrido “na generalidade” sem problemas e que a votação ela própria “decorreu de modo calmo e ordeiros” com “uma alta participação dos eleitores”.
“A votação e a contagem de votos foram também consideradas transparentes e seguiram os guias estabelecidos em 92 dos locais observados” acrescentou.
O relatório de 12 páginas aborda também a reforma do sector de segurança considerado há muito pela própria ONU como de importância vital para a consolidação da estabilidade no país. Ban Ki moon afirma que uma missão da ONU que esteve na Guiné Bissau entre 13 e 24 de Outubro para avaliar essa situação concluiu que esse processo de reformas “ainda que tendo como base” um processo envolvendo a Guiné Bissau e parceiros internacionais, “não possui “uma visão estratégica clara a médio e longo prazo”.
“Isso levanta questões sobre a sustentabilidade a longo prazo” diz o documento.
“A missão fez notar que a fraca capacidade governamental e a falta de infra-estruturas institucionais e de recursos de planeamento constituem as limitações chave ao processo” acrescenta o documento que diz ainda que as recomendações especificas nesta questão só serão entregues ao Conselho de Segurança no próximo relatório .
Ban Ki moon disse ao Conselho de Segurança que o prolongamento do mandato da UNOGBIS por mais um ano vai permitir que a missão ‘continue a fornecer apoio vital para a consolidação da paz o que inclui as áreas do primado da lei e direitos humanos, reformas do sector de segurança, tráfico de drogas e crime organizado er a reconciliação nacional”.