A decisão para o envio de Jendai Frazer para a
área reflecte a crescente preocupação dos Estados Unidos pelo ressurgimento da
violência na região leste da Republica Democrática do Congo, onde dezenas de
milhar de habitantes estão desalojadas, numa área onde as condições
humanitárias se estão a tornar cada vez mais precárias.
A Secretaria de Estado Assistente que acaba de
assistir a uma região esta semana em Nairobi sobre a situação no Iraque, deverá
deslocar-se ainda hoje, quinta-feira para a capital da Republica Democrática do
Congo, esperando-se que em seguida visite Kigali ou se ponha em comunicação via
telefónica com os governantes do Rwanda sobre a situação no país.
A luta na região leste da Republica
Democrática do Congo que tem sido esporádica como sempre, desde há uma década,
intensificou-se nas últimas semanas em recontros entre o grupo rebelde, as
forças congolesas e as da manutenção de paz, das Nações Unidas, apanhadas no
fogo cruzado.
Durante o encontro com a imprensa, o porta voz
do Departamento de Estado, Sean Mccormack, disse que a Secretaria Rice enviara
Jendai Frazer apôs ter estado em contacto via telefónica com, entre outros, o
Ministro belga dos Negócios Estrangeiros, Karel De Gucht.
Disse McCormack que a Secretária de Estado
Assistente irá durante as suas discussões com os governantes da Republica
Democrática do Congo e do Ruanda, explorar formas de abrandar as tensões na
região:
'Muitas destas tensões, são o resultado da existência
de vários grupos étnicos e das rivalidades entre o Rwanda e a Republica
Democrática do Congo. Os Estados Unidos estão a envidar todos os seus esforços
no sentido de minimizar as tensões, dando ao mesmo tempo o seu apoio político
às Nações Unidas nos seus esforços para o envio de mais tropas melhor equipadas
para sua missão, na região. Esta última é a tarefa das Nações Unidas que nós
iremos apoiar para a sua melhor execução.'
Um comunicado do Departamento de Estado
divulgado na terça-feira manifestou profunda preocupação pela deterioração da
situação no leste da República Democrática do Congo, apelando a todas as partes
envolvidas no sentido de respeitarem os seus empenhos assumidos nos mais
recentes acordos, renunciando o uso da força.
A alta entidade oficial do Departamento de
Estado disse que a AID Agencia dos Estados Unidos para o Desenvolvimento
Internacional, está a considerar mais ajuda humanitária para a região, mas que
a luta está a tornar difícil a movimentação da ajuda.