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Redução de Ajuda a África “Inevitável” - Mkwezalamba


O comissário africano para os assuntos económicos, Maxwell Mkwezalamba, avisou que o continente terá que se tornar mais auto suficiente par fazer face ao abrandamento económico global.

Mkwezalamba disse em Addis Abeba que é óbvio que os países doadores afectados pela crise financeira terão dificuldades em cumprir as suas promessas de ajuda. O comissário africano para os assuntos económicos disse que os países africanos que recebem até 40 por cento dos seus orçamentos de países ricos têm que se preparar para reduções.

"Devemos avançar para a auto suficiência,"disse Mkwezalamba. "Não podemos continuar a depender da ajuda para sempre. Isto é algo que deve ser compreendido por todos os países africanos,"acrescentou.

O presidente da Comissão da União Africana Jean Ping tinha anteriormente anunciado uma cimeira económica africana no próximo mês. Ping apelou a dirigentes africanos para seguirem políticas monetárias e fiscais prudentes para aliviar os efeitos da actual crise. A cimeira africana deverá realizar-se a 12 de Novembro em Tunis poucos dias antes da programada cimeira global em Washington.

Mkwezalamba fez notar com preocupação os empréstimos de vários milhar de milhões de dólares feitos esta semana pelo Fundo Monetário Internacional a ajudar a Hungria e Ucrânia a evitarem o colapso económico. O comissário africano para questões económicas disse estar preocupado que esses pacotes de ajuda poderão reduzir substancialmente os fundos do FMI para África.
"Apenas ontem ouvimos o FMI anunciar um pacote para salvar a Ucrânia," disse Mkwezalamba para quem "é óbvio que estes são os mesmos recursos pelos quais estamos a competir".

"Isso poderá significar que menos recursos estarão disponíveis para outros países e particularmente para os países africanos," acrescentou

Mkwezalamba perguntou retóricamente se um país africano nas mesmas dificuldades que a Hungria e Ucrânia iria também receber um pacote da mesma quantia que a Hungria e a Ucrânia.

O comissário africano para questões económicas apelou aos dirigentes africanos para prestarem atenção ao que chamou de mobilização de recursos domésticos para ajudarem os países nos tempos difíceis que se advinham. Entre as medidas que mencionou conta se o alargamento da base fiscal tornado os níveis de impostos mais razoáveis para se poder angariar mais rendimentos e ainda o aumento do comércio entre países africanos.

Devido aos receios de recessão o FMI reduziu já a sua previsão de crescimento económico na África austral para seis por cento este ano. A sua anterior previsão era de seis virgula um por cento.

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