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África do Sul: Aumenta Tensão Política no ANC


Na África do Sul, a polícia advertiu que não vai tolerar discursos que incitem ao ódio, num momento em que aumentam as tensões entre os apoiantes do Partido ANC, no poder, e os de uma facção dissidente.

Phuti Setati, porta-voz da policia nacional, disse à radio estatal que a polícia irá tomar medidas contra os provocadores da violência que intentarem contra adversários políticos.

Apoiantes do ANC provocaram distúrbios durante vários comícios, convocados pela facção dissidente liderada pelo ex-Ministro de Defesa, Mosioua Lekota, o qual prometeu fundar um novo partido político.

Num dos comícios, na empobrecida Propriedade Agrícola de Orange, nos arredores de Joanesburgo, os contra-manifestantes gritavam ”Mata Lekota”. Outros dissidentes do ANC dizem ter recebido ameaças de morte.

A presidente da Liga das Mulheres do ANC, Angie Motskekga, descreveu os dissidentes como “cães.” Isto enquanto o presidente da Liga dos Jovens do ANC, Julius Malema, os descreveu como “imbecis políticos.”

Numa entrevista, o presidente interino da África do Sul, Kgalema Motlanthe condenou as perturbações registadas nos comícios e afirmou que elas feriam a imagem do país, como uma democracia estável e em crescimento.

Os dissidentes do ANC estão a organizar para domingo, 2 de Novembro, uma convenção onde serão lançadas as bases formais do novo partido político.

Lekota e outros membros da facção dissidente demitiram-se do ANC, no princípio do mês, depois de acusarem os seus líderes de promoveram o tribalismo e de virarem as costas às tradições democráticas.

Lekota era apoiante do antigo presidente Thabo Mbeki, forçado pelo ANC a demitir-se em Setembro. As tensões têm aumentado entre os apoiantes de Mbeki e os do seu sucessor, como líder máximo do ANC, o antigo vice-presidente Jacob Zuma.

O ANC tem governado a África do Sul, desde o final da era do apartheid, em 1994.

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