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Piongiang: Desafio Nuclear


A Coreia do Norte tomou passos dramáticos na sua ameaça de recomeçar a produção de armas nucleares. Melissa Fleming, a porta-voz da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) disse a propósito da atitude das autoridades norte-coreanas.

“A República Popular Democrática da Coreia pediu à Agência Internacional de Energia Atómica para remover os selos e a vigilância da fabrica de reprocessamento em Yongbyon,” disse a porta-voz da AIEA.

Melissa Fleming acrescentou que o trabalho foi completado hoje e que a Coreia do Norte tem planos para a instalação nuclear num futuro próximo.

“A República Popular Democrática da Coreia informou também a Agência Internacional de Energia Atómica de que tenciona introduzir material nuclear na fábrica de reprocessamento dentro de uma semana" - e acrescentou Melissa Fleming -" Informaram igualmente que daqui para a frente os inspectores da agência não terão mais acesso à fábrica de reprocessamento.”

Funcionários sul-coreanos afirmam-se muito preocupados com a atitude da Coreia do Norte, que constitui um sério desafio a um acordo internacional destinado a pôr fim à sua capacidade de produzir armas nucleares.

Piongiang prometeu no ano passado à Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão, China e Rússia que iria desmantelar totalmente a instalação de Yongbyon e declarou os seus programas nucleares como estando a um passo de serem totalmente eliminados.

Mas após submeter a declaração, meses depois do prazo estabelecido, a Coreia do Norte recusou concordar numa série de passos de equipas estrangeiras para verificarem se a declaração estava correcta.

Os Estados Unidos disseram que não iriam remover a Coreia do Norte de uma lista de países do Departamento de Estado acusados de patrocinar o terrorismo, até ser verificado o acordo. A Coreia do Norte afirmou que o assunto da verificação está separado da promessa de Washington de o remover da lista.

Nas últimas semanas, Piongiang ameaçou reiniciar o funcionamento do reactor de Yongbyon e disse não estar mais interessada em ser removida da lista de países patrocinadores de terrorismo.

A Coreia do Sul informou que poderá adiar a ajuda em energia e outras à Coreia do Norte, a que se comprometeu ao abrigo do acordo de seis países. Isso poderá constringir a empobrecida economia da Coreia do Norte, que tem enfrentado estritas sanções internacionais desde que Piongiang testou a sua primeira arma nuclear em 2006.

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