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Não Existe Solução Imediata


Muitos zimbabuanos estão cautelosamente optimistas sobre o acordo de partilha de poder obtido em a ZANU-PF, de Robert Mugabe, e o Movimento para a Mudança Democrática, de Morgan Tsvangirai, como sendo a chave que poderá abrir a porta a tempos melhores.

Este homem faz-se eco dos sentimentos de centenas de outros que se juntaram junto ao local da assinatura, onde o acordo foi celebrado.

'Qualquer acordo constitui um passo em frente para um novo inicio, para reconstruir a nação, deixando o passado para trás e para que trabalhemos juntos para o bem comum e esperamos que nos juntemos à comunidade mundial. Não podemos continuar a viver no isolamento e ao mesmo deixarmos que os índices de vida da população se deteriorem.

Um apoiante da ZANU-PF afirmou a Voz da América que o presidente Robert Mugabe não tinha outra hipótese senão ceder partilhar o poder.

'Penso que está a ceder o poder para que o país possa prosperar. '

O economista Tony Hawkins da Universidade do Zimbabwe alerta para o facto da prosperidade poder levar algum tempo a chegar.

'Primeiro, o acordo constitui obviamente uma melhoria. Penso que ser importante que devemos minorar as expectativas. Não vai ser fácil colocar alimentos nas lojas e Morgan Tsvangirai falou de alimentos acessíveis. Isso é um novo inicio, para reconstruir a nação, deixando o passado para trás e muito difícil a menos que o governo aplique subsídios, mas não tem dinheiro para tal. Quanto à electricidade penso na severidade dos cortes registados das ultimas semanas e aqui também será necessário financiamento estrangeiro, e se isso acontecer, vai ajudar a chegada de abastecimentos de combustível, de electricidade e para a agricultura. '

Hawkins avisa que as coisas só poderão melhorar se os doadores internacionais mantiverem as promessas de ajuda para possibilitar que a fracassada economia se volte a por de pé, após a mudança política.

Embora os doadores estrangeiros tenham descrito o acordo como sendo uma medida positiva, ainda estão a estudar os detalhes do acordo.

Pretendem igualmente ver provas de que o primeiro ministro designado, Morgan Tsvangirai que, ao abrigo do acordo, irá dirigir os assuntos diários do governo tenha poder para o fazer.

O responsável pela política externa da União Europeia, Javier Solana, indicou que a decisão de acabar com as sanções contra responsáveis do Zimbabwe foi adiada até Outubro.

O secretario britânico do Estrangeiro, David Miliband referiu que a nova administração do Zimbabwe terá realizar progressos significantes antes do levantamento das sanções possa ser considerado.

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