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Tráfico de Cocaína: Militares Entregam Avião a Autoridades Civis Guineenses


Na Guiné-Bissau, responsáveis do ministério da Justiça expressaram desapontamento pelo facto do avião que lhes foi entregue pelos militares conter poucas provas sobre uma possível operação de tráfico ilegal de cocaína, depois de ter estado oito semanas em poder do exército, enquanto alguns dos suspeitos também desapareceram.

As autoridades guineenses afirmam que o referido avião, que aterrou no aeroporto de Bissau no dia 20 de Julho, tem, nesta altura, muito pouca utilidade para os investigadores que estão a acompanhar o caso sobre o alegado tráfico de drogas.

Funcionários do ministério da Justiça estão em crer que o aparelho, que foi confiscado pelas autoridades militares, terá contido mais de 500 quilos de cocaína. O avião esteve à guarda dos militares numa zona restrita do aeroporto durante semanas, tendo-se sido recusado o acesso de elementos civis do governo que o queriam inspeccionar.

Comandantes militares concordaram finalmente em entregar o avião, mas a bordo não foram encontradas quaisquer provas, depois do aparelho ter estado oito semanas em poder de elementos das Forças Armadas.

As autoridades afirmam que, para além do desaparecimento da droga, que os militares dizem ter incinerado, as duas caixas negras foram igualmente retiradas do aparelho.

Sete indivíduos foram presos em ligação com este caso. Entre eles, três guineenses, um venezuelano que se crê seja o piloto e três colombianos. Desde então libertados condicionalmente por ordem de um juiz, em Bissau.

O piloto venezuelano ausentou-se do país e o paradeiro dos três colombianos é desconhecido. Os quatro tinham pago uma fiança no valor total de 200 mil dólares. O suspeitos foram libertados em finais Agosto e desapareceram pouco depois.

No início do mês passado, o ministro da Justiça, guineense bem como o procurador-geral revelarem terem recebido ameaças de morte em ligação com o papel que desempenharam no processo.

As autoridades internacionais afirmam que a Guiné-Bissau está sob a crescente ameaça de ser transformada num narco-Estado, controlado pelos cartéis da droga sul-americanos que usam a faixa costeira pouco povoada daquele país como ponto de trânsito do envio de cocaína para a Europa.

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