O presidente Nicolas Sarkozy, deslocou-se ao Afeganistão, após dez militares franceses terem sido mortos e 21 outros terem sido feridos no ataque mais violento praticado contra tropas francesas destacadas no estrangeiro.
As tropas francesas foram mortas no decurso de uma batalha com rebeldes Taliban, que segundo as autoridades atacaram forças da NATO a cerca de 50 quilómetros para leste da capital afegã, a cidade de Cabul.
Antes de seguir para o
Afeganistão para prestar homenagem às tropas o presidente francês Sarkozy
reiterou o compromisso do seu pais no combate ao terrorismo.
A França deve concluir o
envio de dois mil e seis soldados no leste do Afeganistão ate final do corrente
mês
Daniel Korski, especialista
do Conselho Europeu de Relações Internacionais, sediado em Londres, referiu que
o ataque foi o ultimo exemplo do ressurgimento da violência no Afeganistão.
'Trata-se de uma missão
incrivelmente perigosa tanto para os Franceses como para os aliados da NATO, e
aquilo a que temos estado a assistir desde 2007 constitui uma cada vez maior
rebelião dos Taleban – capaz não apenas de atingir alvos civis e projectos de
reconstrução, mas como ainda soldados da NATO. '
Korski adianta que o governo francês tem seriedade no compromisso para com o Afeganistão, mas que as mortes de tropas espalham duvidas por parte dos franceses comuns sobre colocarem os seus soldados na linha de fogo – duvidas que tem tido eco noutros países Europeus com tropas no Afeganistão.
'O grande problema vai residir
na opinião publica francesa. A missão no Afeganistão não tem tido muita
publicidade – talvez intencionalmente. Penso que numa grande medida o numero
dos mortos de que estamos a falar pode desencadear o debate que tem ocorrido na
Alemanha, na Inglaterra e em muitas outras nações europeias, mas que ainda não
tinha ocorrido na França.'
As mortes no Afeganistão constituem o ataque de maior numero de baixas contra tropas francesas desde 2004, quando nove militares franceses foram mortos no norte da Costa do Marfim, durante a guerra civil naquele pais da África Ocidental.