Um porta-voz do Presidente do Paquistão Pervez Musharaf negou que o presidente esteja disposto a renunciar a fim de evitar ser destituído.
Rachid Qureshi disse que as notícias publicadas em jornais do Ocidente no sentido de que Musharaf prefere renunciar a sofrer impugnação não têm fundamento. Desmentiu também a informação de que o líder paquistanês estaria em busca de um acordo para lhe dar imunidade.
No entanto, o Senador Mushahid Hussein, aliado do Presidente, declarou à Voz da América que embora não esteja autorizado a falar em nome de Musharaf, ele pode dizer que estão, com efeito, em curso discussões para se chegar a um acordo que permita ao país alcançar um clima de normalidade.
Hussein esclareceu que um dos pontos abordados nas discussões é determinar se Musharaf teria direito a permanecer no Paquistão e se ficaria imune de um processo na justiça.
Hussein acrescentou que se o presidente decidir continuar no cargo e lutar contra as acusações que lhe estão a ser feitas, seus aliados actuais o apoiarão.
Enquanto isso, a violência prossegue no Paquistão. Segundo o Ministério do Interior, pelo menos 460 militantes islâmicos e 23 soldados foram mortos em mais de uma semana de combates numa região tribal próxima da fronteira com o Afeganistão.
Por sua vez, o governador da província, Owais Ghani, informou hoje que 219 mil residentes foram deslocados pela violência na área. A região tribal de Bajaur é sabidamente um lugar de refúgio para os talibãs e membros da Al Quaeda.