Links de Acesso

Obama Quer Mais Tropas no Afeganistão


O candidato democrata às eleições presidenciais americanas, Barak Obama, repetiu o apelo para que sejam enviadas mais tropas para o Afeganistão, bem com mais fundos, como parte do seu plano para rever o plano americano para combater o terrorismo internacional.

Barak Obama terminou uma visita ao Afeganistão, no domingo, a primeira escala de uma digressão que irá levar aquele senador ao Iraque, a Israel, à Jordânia e à Europa. Antes de deixar Cabul, a capital afegã, Obama foi entrevistado pela rede de TV, CBS, que difundiu as sua declarações no seu programa matinal de domingo.

Obama disse que o governo do presidente Hamid Karzai tem que fazer mais para confrontar os terroristas no Afeganistão, mas adiantou que os EUA têm um importante papel a desempenhar: “A situação é precária e urgente no Afeganistão e estou em crer que este tem que ser o nosso centro de interesse, a frente da nossa batalha contra o terrorismo.”

O senador Barak Obama tem feito críticas duras ao presidente Bush pela sua decisão de invadir o Iraque em 2003, afirmando que a verdadeira ameaça terrorista que os americanos enfrentam está no Afeganistão e na região Nortenha do Paquistão e não em Bagdade. Afirmou Obama: “A rede global de terrorismo está centrada nesta zona e eu penso que um dos grandes erros que os EUA fizeram, estrategicamente, depois do 11 de Setembro foi não ter terminado a nossa missão no Afeganistão. Fomos distraídos pelo Iraque. E temos agora a oportunidade de corrigir alguns desses erros.”

Um porta-voz do governo de Hamid Karzai afirmou, durante uma reunião privada com o líder afegão, que Obama terá manifestado o seu empenhamento em apoiar o Afeganistão e a aumentar, também, a ajuda ao Paquistão.

Nos últimos meses tem-se assistido a um ressurgimento da actividade dos rebeldes no Afeganistão. Mas, entrevistado pela rede de TV “Fox News”, o comandante chefe das FA americanas, o almirante Michael Mullen, pôs em causa toda e qualquer noção de um ressurgimento de que o Afeganistão possa estar em risco de um colapso:“ Eu diria que os resultados são positivos e negativos, mas não estou preocupado de que possamos estar a perder no Afeganistão.”

Os críticos de Obama não acusam o senador por este estar a pedir mais tropas para o Afeganistão. Mas, o senador independente Joseph Liberman, que apoia a candidatura do senador John McCain, o rival de Obama, diz que este último está errado ao apelar para uma calendarização da retirada das tropas americanas do Iraque. Disse Liberman: “Não podemos escolher, conforme o senador Obama parece pensar, em perder no Iraque para podermos ganhar no Afeganistão. Naz realidade, se perdermos no Iraque, teremos que perder no Afeganistão.”

Também em declarações à rede de TV Fox News, o senador Evan Bayh, um apoiante de Obama, disse que o candidato democrata tem consistemente demonstrado bom senso nas votações que tem feito no que toca ao Iraque, facto que deveria dar aos americanos confiança acerca da sua visão para o Afeganistão: ”Penso ser muito importante notar que o raciocínio de Barak Obama acerca destas questões tem sido excelente desde o início, o tipo de discernimento que queremos no nosso comandante chefe. Não estaríamos agora a debater a situação no Iraque ou qualquer outra questão, se Obama tivesse podido fazer prevalecer a sua posição. Não teríamos começado esta guerra, para começar”.

Obama disse que estabelecer um calendário para a retirada das tropas do Iraque irá emprestar novo ímpeto para a liderança daquele país, no sentido de forjar uma reconciliação nacional necessária para uma estabilidade, a longo prazo. Na sua opinião, os militares americanos estão já sobrecarregados e não podem expandir as suas operações no Afeganistão, enquanto estão a cumprir missões no Iraque.

XS
SM
MD
LG