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Gordon Brown : O Zimbabwe Necessita de Novo Governo.


O primeiro ministro britânico, Gordon Brown apelou a União Africana no sentido de indicar ao presidente Robert Mugabe que o Zimbabwe necessita de um novo governo.

O apelo do primeiro ministro Gordon Brown foi endereçado aos dirigentes africanos que reuniram na estancia egípcia do Mar Vermelho de Sharm el Sheik.

Mugabe que participa na cimeira da União Africana chegou ao local poucas horas depois de ter sido empossado em Harare para um sexto mandato.

Mugabe foi o vencedor da segunda volta sufrágio em que foi o único candidato e que foi na generalidade condenado.

O primeiro ministro britânico adiantou que os dirigentes africanos e o resto da comunidade internacional devem assumir uma posição firme.

‘Espero que a União Africana com as Nações Unidas deixem bem claro a Mugabe ser necessário haver mudança, tendo de existir um novo governo, e quando a democracia for restaurada no Zimbabwe estamos preparados para ajudar o povo zimbabuano a por termo à pobreza, às privações e à fome que existe em áreas do país.’

A União Europeia classificou a vitoria eleitoral de Mugabe como sendo, citamos um exercício de roubo do poder que não deve ser reconhecido.

Numa declaração, comissário europeu para o Desenvolvimento, Louis Michel apelou para que a União Africana procure uma solução políptica.

Michel sublinhou que dadas as condições em que decorreu a segunda volta do sufrágio presidencial, não é possível reconhecer a legitimidade do resultado.

A segunda volta da presidencial de sexta feira transformou-se numa corrida de um único candidato após a retirada do dirigente da oposição, Morgan Tsvangirai, do Movimento para a Mudança Democrática.

Tsvangirai indicou que a sua retirada ficava-se a dever a perseguição e a violência contra o seu partido e os seus apoiantes.

Tsvangirai tinha obtido a maioria dos votos no sufrágio presidencial de 29 de Março, mas a Comissão Eleitoral do Zimbabwe indicou que não tinha obtido a maioria absoluta, obrigando a uma segunda volta.

O partido de Mugabe, a ZANU-PF perdeu o controle do parlamento naquele sufrágio para o MDC, pela primeira vez desde a independência do Zimbabwe em 1980.

A vitoria da oposição desencadeou uma campanha de violência por parte de apoiantes do partido de Mugabe que custou a vida a dezenas de elementos do MDC, centenas de estropiados e milhares de deslocados.

Alex Vines de um centro de pesquisa sediado em Londres, afirmou a Voz da América ser pouco provável a condenação publica de Mugabe por parte dos seus pares.

‘Penso que em privado, um certo numero de chefes de estado vão manifestar a Mugabe as suas preocupações, mas que a União Africana vai tentar encorajar uma espécie de mediação, algum tipo de compromisso. Com efeito, Mugabe encontra-se isolado dentro da União Africana, e dentro da instituição não existe grande simpatia pelo que ocorreu e que a condenação do processo eleitoral por três grupos de monitores africanos torna difícil a situação para Mugabe.’

Vines acrescenta que enquanto o ocidente tem sido mais aberto na condenação de Mugabe, a solução para a degradação dos problemas políticos e económicos reside na pressão de mudança que terá de vir de dentro do Zimbabwe.

Vines sublinha que os vizinhos do Zimbabwe podem desempenhar um papel crucial na resolução de alguns daqueles problemas.

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