Hoje sexta feira 27 de Junho, Bill Gates deixa de ser funcionário a tempo inteiro da Microsoft, a empresa que fundou em parceria com o seu amigo de infância, Paul Allen.
Gates indicou desejar centrar
as atenções na melhoria das condições de saúde e de vida dos mais desprovidos
do mundo através da maior fundação de caridade do mundo, a Fundação Bill e
Melinda Gates.
Bill Gates pode ser o indivíduo
que maior sucesso que nunca concluiu o curso universitário, quando há mais de
30 anos desistiu da Universidade de Harvard para fundar a Microsoft.
Com bens avaliados em 58 mil
milhões de dólares, Gates é o terceiro indivíduo mais rico do mundo, segundo a
revista Forbes, e não irá procurar novo emprego.
Segundo a revista Forbes Bill
Gates encontra-se atras de outros dois homens, o investidor americano, Warren
Buffet e o empresário mexicano, Carlos Slim Helu.
Gates com 52 anos de idade
planeia trabalhar a tempo parcial na Microsoft e continuar a servir como
presidente da empresa, mas irá despender a maior parte do tempo na fundação que
criou, em 2000, com a esposa, Melinda.
A Fundação Gates concede
verbas a programas de combate a doenças como o HIV-SIDA, a malária, e a
tuberculose, bem como para a redução da pobreza no mundo em desenvolvimento.
A fundação trabalha no
sentido de aumentar os níveis de educação e melhorar o acesso à tecnologia nos
Estados Unidos, e presta apoio a projectos comunitários no nordeste do país,
onde a Microsoft tem a sua sede.
O impacto da fundação
tornou-se ainda maior desde 2006, quando Warren Buffet, que é apresentado pela
Forbes como sendo o indivíduo mais rico do mundo, prometeu acções no valor de
mais de 30 mil milhões de dólares para a Fundação Gates, por partilhar dos
objectivos da instituição e considerar que é eficaz.
Gates abordou tais
objectivos, em Davos, na Suíça, no decurso do recente Fórum Económico Mundial
afirmando-se optimista sobre a situação mundial, mas desejando acelerar as
melhorias em especial para os mais desprotegidos do mundo.
'Existe cerca de um bilião de
pessoas no mundo que não tem alimentos suficientes, que não tem agua potável
que não tem electricidade, coisas que damos como certas.'
Segundo Gates doenças como a
malária, que custa anualmente a vida a um milhão de pessoas, não recebem a
atenção adequada esperando poder contar com o talento dos inovadores e os
empresários para resolverem os problemas sociais.
A Fundação Bill e Melinda
Gates tenciona continuar a actual atenção na saúde global, na pobreza e na
educação nos Estados Unidos, com Gates a sustentar ir passar a maior do seu
tempo na definição da estratégia da fundação.
Mike Smith, da Charity
Navigator, refere que as fundações privadas não podem ser avaliadas pela sua
eficácia tal como as organizações de caridade, pois as fundações concedem
informações sobre as respectivas finanças numa forma menos detalhada.
'Enquanto se podem ver as
despesas de funcionamento das empresas de caridade publica, e ver as quantias
dos respectivos programas, as despesas administrativas, as despesas de
angariação de fundos, o mesmo não é fácil fazer com as fundações privadas.'
Segundo Smith os resultados
podem ser avaliados pelos níveis de alfabetismo ou pelos baixos índices de
infecção das doenças tropicais, para se avaliar se uma fundação como a de Bill
e Melinda Gates é realmente eficaz.