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Helicópteros Lançaram Alimentos


As agencias internacionais de ajuda estão a procurar chegar, na Birmânia, a centenas de milhar de pessoas que se encontram sem alimentos e água potável desde que, no sábado passado, a região foi afectada por um violento ciclone.

O governo sustenta que cerca de vinte e duas mil e 500 pessoas morreram durante o desastre e que 41 mil outras estão dadas como desaparecidas.

Helicópteros governamentais lançaram alimentos e água em aldeias da região do delta de IRAWADDY, onde uma onda que acompanhou o ciclone devastou localidades inteiras.

Os media estatais referem ter sido esta zona onde pereceu a maioria das vitimas e os sobreviventes têm estado há dias à espera de ajuda.

James East, o porta voz do grupo de ajuda internacional World Vision sediado em Banguecoque, indicou que chegar ate aos mais necessitados tem sido quase impossível.

"Um dos maiores desafios reside no facto desta área ter sido inundada pela onda do ciclone, alagando as estradas. Existem arvores derrubadas, pontes que ruíram. O pessoal para chegar a estas áreas remotas, ou tem de andar, atravessar riachos por barco, ou mesmo nadar."

Mesmo assim alguns trabalhadores de assistência têm conseguido passar. A magnitude do desastre esta gradualmente a ser conhecida pelas informações que nos chegam.

Paul Risley, do Programa Alimentar Mundial sublinha que as noticias são hora a hora cada vez mais deprimentes.

"As informações iniciais das nossas equipas na região do Delta eram verdadeiramente assustadoras. Parecia que centenas de milhar de pessoas – senão mesmo um numero superior – tinham perdido complemente as suas casas devido ao ciclone".

A ajuda tem chegado muito lentamente às vitimas devido a aparente relutância do governo militar em aceitar assistência internacional. Horas após um avião de carga ter chegado do Bangladesh, com um carregamento de biscoitos altamente energéticos, o PAM ainda aguardava autorização para descarregar e distribuir os alimentos.

Centenas de trabalhadores de ajuda essenciais para ajudar na distribuição encontram-se em Banguecoque a aguardar que as autoridades birmanesas lhes concedam vistos.

Risley adianta que o pessoal que trabalha em Rangoon está totalmente assoberbado.

"Desde o inicio do desastre todo o nosso pessoal tem trabalhado 15 horas seguidas, indo para casa onde as famílias não têm electricidade, não tem agua corrente, não tem telefones. Necessitamos de fazer chegar mais pessoal".

As agencias de ajuda adiantam que o governo militar tem assegurado que vão receber vistos. Responsáveis birmaneses têm indicado que acolhem a ajuda humanitária, uma atitude rara numa liderança que no passado tem encarado a assistência estrangeira como constituindo uma ameaça ao regime.

A Federação Internacional da Cruz Vermelha e as Sociedades do Crescente Vermelho lançaram um apelo no sentido da angariação de cerca de seis milhões de dólares para ajuda as vitimas do ciclone.

Por outro lado os responsáveis indianos do sector de meteorologia sustentam ter dado aos seus homólogos birmaneses informações detalhadas sobre a rota do ciclone, não tendo obtido qualquer resposta de que estavam conscientes da gravidade da tempestade.

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