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Annan: Crise no Zimbabwe É Questão Regional


O antigo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, criticou os países africanos por não pressionarem o presidente Robert Mugabe, do Zimbabwe, a tornar públicos os resultados das eleições presidenciais do mês passado. Annan fez comentários mais positivos quando se referiu à resolução da crise política no Quénia, a qual irrompeu na sequência das eleições presidenciais realizadas naquele país, no fim do ano passado.

Kofi Annan qualificou de totalmente inaceitável a atitude das autoridades zimbabweanas de reterem a divulgação dos resultados das eleições presidenciais realizadas há mais de três semanas.

Annan disse que os países vizinhos têm que exercer a pressão necessária para ver esta questão resolvida.

O Movimento para a Mudança Democrática, na oposição, afirma que o seu candidato, Morgan Tsvangirai, ganhou as eleições de Março último, uma reivindicação que o Partido ZANU-PF, do presidente Mugabe, nega.

Annan afirma que os governos africanos não podem ignorar o que está a acontecer. E disse que devem intervir: “Os países da região têm que se unir e encontrar uma forma para o fazer e não tratar da questão como se tratasse apenas um problema interno do Zimbabwe. É um problema interno que cria, só na África do Sul, três milhões de refugiados. Um problema interno que quase cria um colapso económico e que força as pessoas a abandonar o país. E deixa de poder ser classificado como um problema interno. Tem uma dimensão regional. Tem uma vertente de Direitos Humanos que os governos da região e a União Africana têm que levar a sério”.

Annan afirma lamentar que a ONU e a União Africana não tenham tomado qualquer acção efectiva ou séria para tentar resolver a crise política no Zimbabwe.

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