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Detectado ao Largo da Cidade do Cabo


Na passada sexta-feira, o “An Yue Jiang” levantou ancora do porto sul-africano de Durban, a tempo de evitar uma ordem judicial que estipulava que o carregamento de armas chinesas destinadas ao Zimbabue não podia ser transportado através de território sul-africano.

Após isso, o navio navegou sem ser detectado até ontem, numa altura em que se encontrava a cerca de 35 milhas náuticas a sul da Cidade do Cabo.

Wally Mandryk, da Unidade de Inteligência Marítima da Lloyds, disse ser evidente que o navio não navegou em direcção a Cidade do Cabo.

“Existiam noticias não confirmadas de que o navio chinês se dirigia para leste, mas não sabíamos disso. Obviamente, o tempo que levou de Durban até ao sitio onde foi localizado ontem, significa que há um tempo de navegação não explicável para o navio.”

Quando foi detectado ao largo da Cidade do Cabo, Mandryk disse que o navio rumava para noroeste.

“O navio encontra-se a caminho do oeste de África, a costa oeste da África do Sul em direcção a Namíbia, possivelmente Angola, se prosseguir essa rota.”

Ao abrigo da Lei Internacional Marítima todos os navios acima de um certo tamanho transportam um Sistema Automático de Identificação que deve estar sempre ligado.

Os sinais do Sistema Automático de Identificação são captados em receptores VHS operados pela Lloyds ao longo das costas de todo o mundo. O alcance normal e de cerca de 35 milhas náuticas, mas em condições climáticas e topografia favoráveis, a distancia poderá ir ate as 90 milhas náuticas.

A Lloyds tem também agentes em todos os grandes portos, 32 dos quais no continente africano, que monitorizam a chegadas e partidas de todos os navios nesses portos.

Tem havido alguma especulação de que o “An Yue Jiang” poderá tentar transferir no alto mar para um navio da mesma companhia as armas destinadas ao Zimbabue, mas Mandryk disse que uma tal operação não é muito provável, por ser muito arriscada.

Gerou-se um protesto a escala mundial após a revelação de que a China estava a enviar um carregamento de munições, granadas e morteiros para o Zimbabue.

As criticas foram feitas desde governos a organizações de direitos humanos que afirmaram recear que as armas possam ser usadas contra os opositores políticos do presidente Mugabe, na sequência das eleições do mês passado.

Tanto o primeiro-ministro britânico Gorden Brown como a organização de direitos humanos Amnistia Internacional apelaram por um embargo de armas internacional contra o Zimbabue.

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