O governo de Ghana, juntamente com companhias petrolíferas e organizações da sociedade esta a preparar um plano sobre como explorar o petróleo recentemente descoberto no seu “off-shore”. Estas discussões ocorrem a meio de alguma euforia e cautela , resultantes da experiência de países vizinhos.
Em 2007, foi descoberto petróleo nas águas do Ghana adjacentes ao Golfo da Guiné. Desde então , segundo diz Ofosu Ahenkora, presidente da comissão governamental de Energia, o governo vem trabalhando na busca de uma estratégia que beneficie todo o país. Diz ele: “Nós não estamos a olhar apenas para a experiência de outros países que tiveram problemas por causa do petróleo, como também temos olhado para países que aplicaram com sucesso as receitas do petróleo”.
Ahenkora acrescentou que o governo está preocupado com o impacto ambiental decorrente da exploração, e com a perspectiva de algumas pessoas perderem as suas terras. Disse ainda que a instabilidade que grassa na região do Delta do Níger, também entra em consideração. De acordo com aquele alto funcionário o governo do Ghana está a olhar para os erros que cometeu no passado: “Nós tivemos um problema similar com as minas de ouro. Resolver este problema seria dar um passo em frente.”
George Owusu, director da representação local da companhia norte-americana Kosmos Energy, uma das duas companhias que descobriu petróleo no Ghana, disse que estão em cursos consultas com o governo local, no sentido de se encontrar uma saída que não afecte o meio ambiente: “Nós estamos a usar a técnica FPSO. Quando se segue este princípio, o petróleo não corre pelos pipelines que uma vez chegados à superfície contaminam o meio ambiente. Usaremos uma estrutura diferente da que empregamos na Nigéria”.
Owusu acrescentou que a companhia usará todo equipamento necessário para evitar que acidentes do género tenham lugar. As reservas de petróleo foram descobertas no Leste do Ghana, onde por causa disso, o comércio cresceu substancialmente.
Nana Osenkese Ogyeahoho, chefe tradicional daquela região disse esperar que a exploração de petróleo tenha um grande impacto na região: “As nossas expectativas vão no sentido de que a população deve fazer parte das decisões relativas ao petróleo descoberto nesta região. Ao contrário da madeira , do ouro e de outras riquezas, cuja exploração não tiveram nenhum impacto positivo nas nossas vidas, desta vez a comunidade tem que estar envolvida. Muitos projectos serão desenvolvidos certamente”.
Entretanto, as companhias petrolíferas serão necessários, no mínimo, sete anos até que o petróleo possa começar a ser explorado. Kwasi Abeasi , antigo director executivo do Centro de Investimentos do Ghana ,mostrou-se preocupado com o facto de haver muita gente, já para muito longe: “Na indústria petrolífera, o trabalho inicial de exploração, é essencialmente de risco, o que quer dizer que todos estes custos feitos de entrada têm que ser repostos, antes que se pense na partilha de lucros.”
Acrescentou ele que o Ghana precisa considerar como tornar a produção eficiente, de tal maneira que o país e todos os accionistas beneficiem o máximo possível”.