O presidente de Timor Leste, Ramos Horta foi transportado de emergência para a cidade australiana de Darwin para tratamento medico, após soldados rebeldes o terem ferido a tiro no decurso de um ataque contra a sua residência.
Atingido por pelo menos duas balas, Ramos-Horta foi operado de emergência num hospital de campanha do contingente australiano estacionado no país e, horas depois, foi transferido de avião para o Royal Darwin Hospital, no Norte da Austrália.
Dois atentados tentaram eliminar a liderança timorense.
O presidente Ramos-Horta foi atacado à porta de casa, tendo sido atingido por tiros de balas.
O atentado contra Ramos-Horta foi levado a cabo pelo Major Alfredo Reinado, antigo comandante da Polícia Militar que estava fugido à Justiça. Reinado foi morto.
Pouco depois do atentado a Ramos-Horta, a caravana automóvel onde seguia Xanana Gusmão, a caminho de Díli, ficou sob fogo cerrado.
Xanana Gusmão saiu ileso desta tentativa de assassinato e conseguiu chegar a Díli apesar do carro ficar com os pneus furados.
O ataque foi liderado pelo tenente Gastão Salsinha, um dos líderes da revolta dos militares em 2006, a par de Alfredo Reinado.
As tentativas de assassinato chocaram aquela pequena nação e alguns habitantes receavam uma nova onda de violência.
A porta voz da ONU em Timor Leste, Alison Cooper afirmou que a situação de segurança encontrava-se estável.
'A atmosfera e tensa mas não se registaram incidentes de maior após os atentados.'
O primeiro ministro australiano, Kevin Rudd, indicou que o seu país vai enviar mais tropas e agentes da policia para reforçar o contingente de 800 homens da Força Internacional de Estabilização.
'A Austrália vai permanecer ao lado de Timor Leste neste tempo de crise da sua democracia. A Força Internacional de Estabilização já assumiu o controle de edifícios chave e encontra-se distribuída pela cidade de Dili, tendo aumentado a sua presença pelos diversos distritos. A situação e considerada como estável, mas poderá ser alterada em face de qualquer ocorrência.'
A Nova Zelândia indicou ter colocado tropas adicionais em estado de prontidão.
O bispo resignatário de Díli, Ximenes Belo, condenou os actos de violência em Timor-Leste e apelou ao diálogo entre os timorenses, no respeito pela Constituição e pelo Estado de Direito.
Para Ximenes Belo, os timorenses devem procurar resolver os problemas pelo diálogo, no quadro constitucional em vigor.