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Abuso Sexual, Brutalidade Física e Trauma Psicológico


Um relatório da ONU hoje divulgado destaca que a violação sexual está a ser utilizada como arma no Quénia, onde se tem assistido a actos de violência étnica desde o sufrágio de Dezembro passado.

O documento realizado a partir de depoimentos das vitimas de violação descreve os casos de 152 mulheres e de homens.

Incluído nos 152 casos encontram-se 12 homens e 63 crianças com idade inferior a 18 anos, sendo as restantes mulheres adultas.

O documento acentua que o sobrevivente mais jovem trata-se de uma criança com um ano de idade e a mais idosa uma mulher de 58 anos.

O documento descreve casos horrendos de abuso sexual, de brutalidade física extrema e grande trauma psicológico.

A porta voz humanitária da ONU, Elizabeth Byrs adianta que a violência sexual é um sintoma do colapso da ordem social no Quénia registada no conflito pós-eleitoral, mas que esta a ser utilizado pelas partes envolvidas no conflito.

‘Está a ser usada como arma para aterrorizar famílias e indivíduos e precipita a sua expulsão das comunidades onde vivem. Qualquer que seja a motivação, os seus autores exploram o conflito por forma a cometer violência sexual sem serem punidos.’

Muitos sobreviventes afirmaram ter tido relutância em notificar os ataques sexuais contra eles por não terem confiança na capacidade da policia em os proteger.

O relatório da ONU sustenta que o numero de casos de assalto sexual está muito sub estimado e que o numero real de vitimas de violação deve ser muito mais elevado do que os números oficiais.

A UNICEF sustenta que as mulheres nos campos de deslocados adiantam que a violação e o abuso sexual ocorre em grande escala.

Veronique Taveau, porta voz da UNICEF adianta que mulheres e crianças que foram violadas são ameaçadas de represálias se falarem das suas experiências.

‘Uma das nossas colaboradoras foi a um campo onde um grupo de mulheres lhe relatou o que se passa todas as noites. Quando isso aconteceu um grupo de homens apareceu e ameaçou com retaliação por terem falado.’

As agencias da ONU sublinham que não podem por termo a violência, e que o governo queniano deve ser responsabilizado pela protecção dos cidadãos, o que não está a acontecer.

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